Jairo Carioca – da redação de ac24horas
[email protected]
De acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o abate de bovinos no Acre despencou. O Estado terminou em último lugar no ranking do terceiro trimestre de 2012. A variação no abate de bovinos entre 2011 e 2012 foi menos 14%.
O abate de 206.526 cabeças de gado no Acre nos últimos seis meses, contraria o crescimento de 8% no abate de bovinos em todo país. No vizinho estado de Rondônia, no mesmo período foram abatidos quase um milhão de bovinos (995.526 animais).
A reportagem ouviu um dos maiores pecuaristas da região, o empresário Alércio Dias, que atuou nos mercados de Rondônia e do Acre. Ele lembrou que há dez anos, o rebanho do estado era superior ao de Rondônia.
“Hoje enquanto temos 2,1 milhões de animais bovinos. Rondônia tem 11,2 milhões, ou seja, quase seis vezes mais”, acrescentou Alércio.
Segundo o pecuarista, vários fatores vêm contribuindo com a estagnação do setor, “um deles é a falta de incentivo do governo que vê o pecuarista e o próprio produtor como um inimigo e não como um gerador de emprego e renda”, destacou.
Ainda segundo Alércio, a redução no número de abate não significa dizer que aconteceu a diminuição de pastagem, ele chamou a atenção para as técnicas modernas de criação bovina adequada a legislação ambiental.
Hoje o pecuarista é o primeiro a querer preservar o meio ambiente. O que falta é incentivo mesmo. Como é que um pequeno produtor de gado consegue tirar o animal para ser abatido se ele não tem ramal?” questionou.
O secretário de produção do governo do Acre, Lourival Marques, também foi procurado para comentar os números divulgados pelo IBGE. Em Tarauacá, entusiasmado com a venda de peixes para Semana Santa, Marques disse que a média de 1000 animais abatidos por dia atende muito bem o mercado de consumo interno e externo.
“O Estado tem garantido a questão sanitária no controle da febre aftosa e ajudando com programas de reforma de pasto para pequenos produtores”, informou.