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GPRD é instalado efetivamente no Parque de Exposições

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Roberto Vaz

Apurar a demanda de atendimento às famílias alagadas no abrigo montado no Parque de exposições Marechal Castelo Branco e supervisionar os recursos estruturais e organizacionais da base operacional do Grupo Especial de Apoio e Atuação para Prevenção e Resposta a situações de emergência ou estado de calamidade devido à ocorrência de Desastres (GPRD) no local. Esse foi o objetivo de uma visita realizada pela procuradora-geral de Justiça, Patrícia Rêgo, e pelo coordenador do GPRD, procurador Oswaldo D’Albuquerque, na manhã de hoje (27), às imediações dos abrigos. Cerca de 1.004 pessoas atingidas pela enchente em Rio Branco estão no local.


De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel George Santos, a medição da manhã indicava 15,23m, quase dois metros acima da cota de alerta, que é de 13,5m. “Das vinte equipes que temos, dez estão prestando assistência ao bairro Taquari, onde há maior número de alagados”. As demais equipes mencionadas pelo coronel estão dispostas nos bairros Seis de agosto, Baixada da Habitasa, na região do Triângulo e de Santa Terezinha, onde os transtornos tem sido eminentes.


Nos últimos quatro anos, houveram, no estado, quatro enchentes do Rio Acre. Na manhã de ontem, a procuradora-geral de Justiça deliberou oficialmente a reativação do GPRD diante da situação de calamidade pública vigente. O grupo foi criado ano passado e é composto por membros e servidores do Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC). “A participação o Ministério Público contribui sobremaneira para que a atuação dos órgãos e instituições dentro do abrigo, bem como o comportamento das pessoas acolhidas, sigam parâmetros positivos de conduta”, declara George Santos.


A atuação do GPRD consiste, sobretudo, na prestação de apoio institucional, administrativo, técnico e operacional integrado para suprir as demandas referentes à infância e juventude, pessoas com deficiência e idosos, saúde, direitos humanos, meio ambiente, habitação e urbanismo etc. “O GPRD foi criado com a finalidade de prestar assistência à população acometida por desastres. A enchente que acontece em nosso estado nesta época do ano é um exemplo disso. Sendo assim, o Ministério Público estará dentro do parque no cumprimento de suas atribuições constitucionais, exercendo o devido pronto-auxílio situacional à comunidade atingida pela enchente”, declara Patrícia Rêgo.


De acordo com a secretária de Cidadania e Assistência Social, Dora Araújo, os problemas mais frequentes dizem respeito à ocorrência de pais que saem e deixam os filhos pequenos sozinhos no abrigos e a violência domestica. “Os costumes que eles têm dentro de casa, no seu bairro, eles trazem para dentro do abrigo”, ressalta.


Crianças e adolescentes correspondem a quase 50% da demanda


Na tarde de hoje aconteceu a primeira reunião do grupo. Na ocasião, estavam presentes o coordenador do GPRD, procurador Oswaldo D’Albuquerque e quatro promotores de Justiça que atuam na esfera da criança e do adolescente. “Nesse contexto, estamos dando prioridade às tratativas com crianças e adolescentes que correspondem a quase 50% dos abrigados”, explica o coordenador.


O MP pretende atuar em duas frentes: a preventivo-emergencial e a situacional. A primeira vai mobilizar o grupo, que está de sobreaviso, para assistência imediata durante o final de semana devido à subida repentina do rio. A segunda visa a avaliar, na próxima segunda-feira (1), as demandas, os conflitos e o fluxo do volume da água do rio para redefinir novas medidas a serem executadas. “Tudo vai acabar dependo da água do rio. Se diminuir vamos providenciar o retorno das famílias às suas respectivas casas de forma segura; se houver um eventual aumento na medição das águas, vamos ter que aumentar o contingente de membros e servidores no parque e estabelecer a presença efetiva de um promotor no local, como aconteceu ano passado”, lembra Oswaldo D’Albuquerque.


 


 


 


 


 


 


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