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Governo tenta abafar sessão itinerante no Calafate, mas Câmara mantém data

Lideranças afirmam que o crescimento populacional na região ultrapassa os 21% ao ano. A escola Edilson Façanha, com capacidade para 820 alunos, tem 1.038 matriculados.


Jairo Carioca – da Câmara Municipal de Rio Branco
jscarioca@gmail.com


O governo bem que tentou, usou a alagação como desculpa para adiar o debate sobre segurança pública na região do Calafate, mas diante da pressão das lideranças do bairro que foram à Câmara Municipal na manhã de hoje (26), a sessão itinerante foi mantida para as 10 horas de amanhã, na escola Edilson Façanha.


A região é considerada a mais violenta da capital. Segundo o diretor da escola Edilson Façanha, Valdemir Nicásio, 13 homicídios foram registrados somente este ano. O Calafate teve um crescimento em 21% em sua população estimada atualmente em 45 mil habitantes.


“Mesmo tendo uma população superior duas vezes a da cidade de Xapuri, não temos a presença do Estado no bairro. Isso tem contribuído e muito para o aumento da violência”, acrescentou Nicásio.


Ainda de acordo as informações repassadas pelo diretor da escola, cinco grupos disputam o controle do tráfico de drogas. O diretor criticou as providências que foram tomadas pelo Estado até o momento e disse que o debate com vereadores será fundamental para a cobrança de outras ações de competência do governo do Acre.


“Adiar esse debate é prolongar o sofrimento das pessoas que moram naquela região. É inadmissível, esse encontro é um passo importante para trazermos o Estado para dentro do bairro”, disse Nicásio.


O requerimento para a realização da sessão itinerante é de autoria do vereador Raimundo Vaz [PRP]. Na tribuna, ele convidou os vereadores e autoridades ligadas à segurança pública, para comparecerem à sessão.


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