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“A morte esteve próxima, mas Deus tinha propósito de vida para nós todos”, diz desembargadora Eva Evangelista sobre acidente

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Luciano Tavares – da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com


“A morte esteve próxima, mas Deus tinha propósito de vida para nós todos”. Essa é a explicação da desembargadora Eva Evangelista, depois que ela seu esposo Raimundo Menandro, a nora Mayre Evangelista, o filho Vinicius Menandro Evangelista (promotor de justiça), e a neta Mariana, saíram com vida de um acidente de automóvel, ocorrido na tarde da última quarta-feira, 20, no KM-47, da BR-317 (Estrada do Pacífico), entre Brasiléia e Assis Brasil.

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A família viajava de férias para conhecer Machu Pichu, em Cuzco, no Peru, quando por volta das 14h40, numa reta, o carro, uma Pajero, cor preta, que era conduzido pelo esposo da desembargadora perdeu o controle, capotou por três vezes e foi parar na lateral da estrada.


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Em entrevista ao ac24horas, ainda se recuperando, a desembargadora contou detalhes do acidente que por pouco não virou uma tragédia.


O problema não foi por falta de experiência do motorista.  Até porque não era a primeira vez que Menandro dirigia em rodovia. Ele e a desembargadora costumavam viajar a Curitiba, de carro, onde seu filho Vinicius fazia faculdade. Raimundo Menandro, não estava alcoolizado. Também não costuma dirigir em alta velocidade. Ele conduzia o veículo, naquela tarde, entre 80 e 100 km/h, quando perdeu o controle.


A causa do acidente pode ter sido mecânica. O sinal de que o veículo apresentava problemas foi detectado ainda antes de chegar a Brasileia, pelo filho da desembargadora. No decorrer da viagem a Pajero perdia a velocidade. Mesmo assim a família seguiu viagem.


“Durante a viagem o meu filho (Vinicius) percebeu que o carro estava perdendo a força, mas a gente não atentou pra isso. Continuamos a viagem. Foi quando no KM-47 saindo de Brasileia, meu marido dirigia numa reta sem obstáculos quando o carro se descontrolou. Não havia excesso de velocidade e nenhum obstáculo, nenhum… É estranho, muito estranho”, diz.


Outro sinal de que algo ruim aconteceria foi avisado antes da viagem.  A desembargadora conta que a mãe de sua nora, Mayre, que é evangélica, sonhou com o acidente na noite anterior ao ocorrido.


Acreditando ser um aviso de Deus, ela ainda pediu para que seu genro e sua filha não viajassem.  “A mãe da minha nora teve um sonho, e ainda quis demolver o meu filho da viagem, mas eles tinham muita vontade de ir ao Peru para conhecer as Cordilheiras”.


Foi a desembargadora quem saiu primeiro do carro após o acidente, e destravou as outras três portas do veículo para que seu esposo, nora, filho e neta saíssem.


“A minha aflição é porque as portas estavam travadas, mas a minha não estava. Então eu desci do carro, liberei as portas, e a minha aflição foi ver a minha neta toda ensangüentada”, conta.


Minutos depois do acidente passava um homem num veículo branco. Foi ele quem primeiro assistiu os acidentados.


Eva Evangelista viu o homem apenas no momento em que ele parou o carro, conduziu seus familiares ao veículo e os levou ao hospital.


Grata ela pede: “Eu queria muito localizar o motorista que estava num carrinho branco, não sei se era um gol ou um celta, que levou meu filho, minha nora e a Mariana, minha neta para o hospital. Foi o primeiro carro que passou. Eu queria localizar essa pessoa para agradecê-la. A gente vê que ainda existem muitas pessoas boas, com solidariedade no coração”.


Outros dois motoristas que prestaram assistência a desembargadora e seu esposo foram localizados.

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Ela também ficou impressionada com a rapidez da informação. Na mesma tarde, momentos depois do ocorrido, vários familiares dela que moram em outros estados sabiam do acidente, através da internet.


“Vocês foram de uma importância na divulgação. Meu filho teve conhecimento em Brasília quase que de imediato, parentes do meu marido em Fortaleza…”


A desembargadora que é evangélica da Igreja Batista do Bosque acredita que hoje está viva graças um milagre de Deus, e reconhece ainda o apoio recebido de religiosos e de autoridades do Estado.


“Foi isso que aconteceu. O poder de Deus agindo na nossa vida. Recebi apoio espiritual do padre Massimo, do meu pastor da Igreja Batista do Bosque, o pastor Agostinho, do pastor de Brasileia. Tive apoio do senhor governador do Estado, do presidente do Tribunal de Justiça”, agradece.


Também elogia o trabalho da equipe médica que atendeu a ela e seus familiares no hospital estadual Raimundo Shaar, em Brasileia. Diz que ficou maravilhada com o atendimento dispensado. “O atendimento médico do hospital de Brasileia foi maravilhoso”.


Ela, porém, alerta para a quantidade de buracos na rodovia do Pacífico, onde aconteceu o acidente. “A estrada tem muito buraco. Tem uma parte que tão trabalhando recuperando o trecho. Mas é bom que fique o alerta pela quantidade de buracos que tem. A gente até comentou quando viajava. O acidente não foi por causa de buraco, mas pode acontecer”.


No acidente a desembargadora teve apenas dois cortes no pé esquerdo. A nora, o filho e o esposo algumas lesões leves. A neta dela, Mariana, sofreu um corte no rosto. Todos estão se recuperando.


Em dezembro do ano passado, ac24horas alertou sobre buracos na Estrada do Pacífico


Em reportagem no dia 20 de dezembro do ano passado, ac24horas denunciou a situação crítica da BR-317, também conhecida como Estrada do Pacífico.


Além de estreita para os padrões de uma rodovia internacional, a estrada também possui trechos totalmente esburacados.


A interoceânica, como também é conhecida, sempre foi apontada pelos governos federal e estadual como redenção econômica, corredor de exportação e importação do Brasil e Peru, mas apenas no discurso, porque na prática a estrada do lado brasileiro não possui um trabalho de manutenção permanente, e carece de sinalização.


Não foram os buracos da estrada a causa do acidente com a desembargadora, mas como ela mesma avisou “é bom que fique o alerta pela quantidade de buracos que a estrada tem”.


 


 


 


 


 


 


 


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