O convite. Nosso galinheiro tem uma grande honra em receber alguém de tão alta grandeza. Sei que deve fazer parte da prática de qualquer administrador, afinal votamos no senhor, mas muitos, depois que se elegem, nunca mais colocam seus quatro dedos aqui. Longe de nós, aqueles em quem depositamos nossa mais significativa confiança vão bicar em outras regiões e proteger apenas os ovos dos seus ninhos.
– É uma imensa alegria fazer parte dessa reunião. Estou aqui para deixá-los calmos e tranquilos, além de desmentir os absurdos que andam deixando vocês de pena em pé.
– Palmas para ele! Apoiado! Palmas! Mais palmas!
– Obrigado! Essa é a maior recompensa que tenho. Nada mais me faz caminhar nessa jornada que não fosse saber que estamos mudando Galinópolis para melhor. Esse é o prêmio por fazer política com o coração.
– Perfeito! Então, vamos às perguntas. Alguém deseja fazer alguma para nosso convidado? Alguém… ah sim! Ali! Cacareje alto para todos possam ouvir, qual sua indagação?
– Senhor governador de Galinópolis, anda de bico em bico a conversa de que nosso estado está endividado até a crista e que o senhor, ao invés de buscar alternativa para diminuir essa dívida, vem é gastando mais e mais. Soubemos que só com publicidade nos caldos de galinha, o senhor vem gastando milhões de R$ penais, procede essa informação?
– Sua pergunta é maravilhosa! Tudo isso que você levantou são rumores absurdos, mentiras, falta de compromisso com a verdade. Não permitirei que essas coisas continuem voando por aí. Hoje mesmo entrarei em contato com meus assessores… quero saber quem permitiu essa notícia ser vinculada. Não posso aceitar que essas coisas possam ser divulgadas, afinal a imprensa de Galinópolis come da minha ração.
Nosso compromisso é com vocês minhas aves queridas. Nossos gastos são resultados de nossas políticas sociais que buscam atendê-los da melhor forma possível. Já mandei divulgar na TV Galinheiro a compra que fizemos de vários produtos que vão trazer mais qualidade de vida pra vocês.
– Mas nessas compras estão embutidos milhares de caixa de fio dental e escovas de dente, não entendemos isso.
– Faz parte do projeto! Se for o caso, podemos melhorar a publicidade!
– Palmas para ele! Apoiado! Palmas! Mais palmas! Mas alguma pergunta?
– Governador, seus companheiros estão sofrendo com vários esporões judiciais. São acusados de crimes terríveis e de condutas que desmentem as promessas do seu partido. Ao invés de ficar negando o inegável, não seria mais honesto admitir o erro e eliminar os inconfessados ladrões?
– Sua pergunta foi maravilhosa! Continuo a dizer que tudo isso faz parte de um golpe das velhas galinhas que por quinhentos anos dominaram esse galinheiro, e que agora não aceitam as mudanças que estamos realizando. Fique certo! Não houve erros! Olhe para você… você não tem absoluta certeza de que você é você. Então… como podem provar que nossos companheiros meteram a mão no milho indevidamente? É muito leviano acusar sem provas. Nosso galo rei não sabia de nada. Acredite nisso e seja feliz.
Palmas para ele! Apoiado! Palmas! Mais palmas! Mais alguma pergunta?
– Aqui atrás! Autoridade, responda-me uma coisa… o que o senhor faz para juntar debaixo de suas asas personalidades de Galinópolis tão diferentes entre si? Fico admirado com sua habilidade política de convencer dissidentes, opositores e outros que, até pouco tempo, viviam a lhe questionar ferozmente. Qual o segredo, qual a mágica usada? Já perdi várias penas pensando nisso.
– Sua pergunta foi maravilhosa! Não há mágica… com um pouco de meu milho milagroso, promessas de melhores poleiros e pobreza mental deles, fica fácil trazê-los para mim. Aqui em Galinópolis, oposição é um ovo podre! Há poucas exceções… e essas, precisamos eliminar. Acharei o sabor preferido de milho deles. Meus assessores encontrarão a fórmula. Não quero ninguém contra meu projeto. Confusão, críticas, questionamentos, nada disso me interessa. Algumas vezes choro, mas não desistirei em fazer da política um exercício da alma.
– Palmas para ele! Apoiado! Palmas! Mais palmas!
– Obrigado! Muito obrigado por tudo. É comovente estar aqui… sinto vontade de chorar! Mas infelizmente tenho de deixá-los… e tenho mais vontade de chorar! Mas esse é o dever: preciso cuidar dos interesses de vocês, tenho de servir de todo coração.
– Ah sim! Claro foi um privilégio tê-lo aqui. Nos que agradecemos, ilustre e grande raposa! Acreditamos muito no seu projeto. Galinópolis nunca mais será a mesma!
Palmas para a raposa! Apoiado! Palmas! Mais palmas para a raposa!
Por FRANCISCO RODRIGUES PEDROSA f-r-p@bol.com.br
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