Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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Cerca de 152 médicos escolhem a partir das onze horas de hoje (19) a nova diretoria da Unimed. Um pacto entre os federados guardava em segredo a terceira intervenção que a instituição no Acre sofre pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As medidas de regulação foram confirmadas pelo médico Antônio Junior. A presidente da Unimed, Dr. Euracy Bonner se recusou a gravar entrevista e falar sobre o assunto.
“Foi dado um prazo de 24 meses, não cumpriram, isso se repetiu em 2010, não sei por que não cumpriram. Essa pendência com a ANS vem desde 2009, os cooperados não sabiam sobre a terceira intervenção”, declarou o médico Antônio Junior.
Em 2009 o médico George Pires estimava um déficit em torno de R$ 10 a R$ 12 milhões e a redução em torno de 50% no pagamento dos valores de consultas e dos pedidos de exames médicos. O rateio de 13 mil foi confirmado por outros profissionais cooperados.
A previsão de liquidação da Unimed vem sendo comentada pelos médicos cooperados com os usuários que, segundo Antônio Junior, já se colocaram à disposição para colaborar para a instituição não fechar as portas. A insatisfação chega à casa dos 70%.
“Quando se fala em ajuda não vi nenhum paciente falar que não ajudaria. Ninguém deseja que a Unimed vá à falência como está acusando a ANS, se isso acontecer o maior prejudicado é os mais de 20 mil usuários”, acrescentou Antônio Junior que é membro Titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, conselheiro do CRM-AC e secretário da Associação Médica do Acre.
Em pesquisa na ANS a reportagem apurou que o índice de desempenho da operadora ano base 2011 é de 0,56. O índice econômico financeiro, que mede as condições de liquidez e solvência, avaliando a capacidade de manter-se em dia com suas obrigações financeiras junto a seus prestadores para o atendimento com qualidade e de forma continua a seus beneficiários, pasmem, tem nota 0.
A conceituação, que compara a atuação da operadora do ponto de vista do consumidor e que deveria ter nota 0, apresentou índice 0, 6737
O OUTRO LADO:
A reportagem fez uma verdadeira peregrinação em busca de respostas das notícias pela atual diretoria da Unimed. As 9h15 na sede da operadora fomos atendidos no balcão pelo diretor de marketing André Barreto.
Barreto disse a presidente Euracy Bonner não gravaria entrevista e que todas as informações com relação às eleições e a intervenção da ANS seriam dadas pela assessoria de imprensa da Unimed feita pela Agência S/A, da jornalista Mirla Miranda.
A partir das 9h30 começamos o contato com a agência. A jornalista Mirla Miranda não atendeu as ligações feitas para seu telefone. Com novo número informado por André Barreto, a reportagem falou as 9h36 com o jornalista Thiago Teles. Após anotar as perguntas, Teles ficou de dar retorno até o meio dia.
Sem retorno, as 14h30 a reportagem fez novo contato com a agência. Atendida pela jornalista que se identificou como Fany, esta informou que já tinha enviado as informações. Não satisfeita, a reportagem voltou a manter contato as 14h45. Desta vez, o jornalista Thiago atendeu a ligação e revelou que o médico Dr. Julinho, não autorizou nenhuma informação sobre o caso de intervenção.
Ainda de acordo a assessoria, a agência estava sem internet e assim que o serviço fosse reestabelecido um e-mail seria enviado à redação. O que não aconteceu até a edição desta matéria.
A ELEIÇÃO
Duas chapas brigam pela direção da cooperativa de serviços médicos, a Unimed Rio Branco, que possui mais de 22 mil clientes. A disputa está acirrada entre a Chapa 2, Renovação e Crescimento, composta por médicos que exigem democracia e maior transparência nas decisões administrativas, e a Chapa 1, composta por membros da atual diretoria que administra a Operadora há 20 anos.
