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Idaf identifica causa de mortes do rebanho bovino de Porto Walter

Por
Roberto Vaz

Flaviano Schneider, de Cruzeiro do Sul


Depois de receber notícias de que uma doença estava matando gado no município de Porto Walter, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) enviou equipe para investigar o fato. Foram colhidas amostras em três propriedades e após analisá-las já se sabe o que é: trata-se de raiva bovina, provocada pelo morcego hematófago desmodus rotundus. Mais de cem cabeças de gado morreram em quatro propriedades.


Segundo conta o gerente regional do Idaf, Marcos Pereira, foi recomendada a vacinação contra a raiva num raio de 12 km de distância das propriedades atingidas que ficam na comunidades Estirão de Buenos Aires, Novo Horizonte e Califórnia, todas situadas às margens do Rio Juruá e todas acima da sede municipal de Porto Walter.


Além da recomendação, o Idaf reuniu-se com equipe da área de Saúde e da Vigilância Sanitária Municipal para acertar providências: a mais importante delas foi a proibição de consumo da carne das regiões afetadas no município. Uma nova inspeção será realizada.


Doença que mais mata


Segundo o veterinário do escritório local do Idaf, Luis Leite Neto, a raiva é a doença que mais mata bovinos na América Latina, causando prejuízos anuais de 30 milhões de dólares. A raiva é incurável e o bovino infectado morre geralmente três ou quatro dias após os primeiros sintomas. “A carne não deve ser utilizada para consumo – o animal morto tem que ser enterrado.”


Há  menos de dois anos a doença foi identificada em Feijó, Tarauacá  e Mâncio Lima, e em outubro do ano passado em Guajará (cidade do Amazonas, situada a 18 km de Cruzeiro do Sul). “É uma doença que está presente no rebanho. A gente quer que os criadores não esperem pela obrigatoriedade de vacinação – que não existe como no caso da aftosa. Ele mesmo procure o Idaf e vacine seu rebanho, pois onde a doença se instala o prejuízo é grande.”


O veterinário avisa que a vacina existe no mercado local e custa R$ 0,80 a dose. Nas quatro propriedades onde foi identificada a doença já  foi feita a vacinação, mas alerta o veterinário que é necessário fazer o reforço com outra dose em três semanas. Depois é preciso nova dose daqui a seis meses, até que seja erradicada a doença.


A vacinação é a prevenção mais eficaz contra a raiva de herbívoros,  e a vacina específica só deve ser aplicada em bovinos, equinos, caprinos e ovinos.


 


 


 


 


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Roberto Vaz

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