Luciano Tavares – da redação de ac24horas
[email protected]
Com bandeiras de luto, velas de funeral, tambores e um caixão, dezenas de manifestantes dos chamados grupos das minorias – negros, homossexuais, além de defensores da floresta – realizaram na noite desta quarta-feira, um protesto contra as escolhas do senador Blairo Maggi (PR-MT), para a presidência da Comissão de Meio Ambiente do senado, e do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), na presidência da Comissão de Direitos Humanos.
Os manifestantes protestaram nos principais espaços da região central da cidade, começando pelo Palácio Rio Branco, passando pela Praça da Revolução.
Eles encerraram o manifesto na Praça do Mercado Velho (Praça da Bandeira), onde com uma bandeira de luto no chão, com um caixão e velas de funeral simularam um velório em protesto contra os políticos.
“Fora Blairo Maggi! O motosserra de ouro da Comissão de Meio Ambiente. Luto por direitos humanos!” pediu no cartaz o professor Marcos Almeida, da Universidade Federal do Acre.
Para o professor, a idéia do manifesto “é demonstrar que uma parte da sociedade tá descontente pelas decisões que têm sido tomadas pelos nossos representantes eleitos. E nos preocupa o fato de termos em duas comissões que são importantes para aprovação de projetos de lei e outras coisas no que toca aos direitos humanos, direitos das minorias étnicas do país, termos pessoas que não tem histórico com o tratamento das questões, mas pelo contrário, têm um histórico oposto as conquistas que vínhamos conseguindo nos últimos anos, começando pela Constituição de 88”, completa o professor universitário.
Desde a semana passada, o presidente da Associação dos Homossexuais do Acre, Germano Marino, faz uma campanha no Facebook contra a permanência de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Em todo país são feita manifestações contra o pastor, que é acusado de proferir na rede social, o Twitter, palavras de discriminação contra gays e negros.
Outro alvo dos protestos é Blairo Maggi, senador e ex-governador do Mato Grosso, também considerado o “Rei da Soja” ele já foi vencedor do prêmio Motosserra de Ouro, do grupo Greenpeace por ser considerado um dos maiores devastadores do meio ambiente brasileiro. Em uma reunião do governo em 2005 ele teria dito que “Esse negócio de floresta não tem futuro”, mas agora é presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado.
