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A cada quatro dias morre uma pessoa no Hospital das Clínicas vítima da hepatite; número de mortos pela doença nos dois primeiros meses do ano já equivale a um terço de todo ano passado

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Luciano Tavares – da redação de ac24horas
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O número de óbitos por causa de complicações hepáticas cresce a cada dia no Acre. O presidente da Associação dos Hepáticos, Heitor Macedo Junior, revelou com base em dados do Hospital das Clínicas do Acre que a cada quatro dias morre um paciente vitimado por algum tipo de hepatite.


Nos dois primeiros meses do ano foram a óbito somente naquela unidade 15 pessoas com a doença. O que já equivale a um terço do número de mortos com hepatites do ano passado, quando foram registrados 46 óbitos.

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Heitor junior DSC_0439Porém o número de pessoas infectadas com a alguma hepatite é muito superior, informa Heitor Junior. “São informações apenas da Fundação Hospitalar. Mas há pessoas no Pronto Socorro, nos hospitais do interior, também vítimas de complicações hepáticas que morrem, mas não há divulgação de números. Sem falar nas pessoas que morrem nas aldeias indígenas e seringais… Visto que pelos dados de portadores que temos tem muita gente na zona rural com hepatites. Estamos fazendo esse levantamento, mas é difícil afirmar um dado”, explica.


De acordo com o último levantamento feito pela associação mais de 150 mil pessoas no Acre tem o vírus da hepatite, seja do vírus A, B, C ou D.


No Vale do Juruá, 16 mil pessoas em Cruzeiro do Sul e regiões vizinhas estão infectadas com hepatites.


Na região do Purus, em Manuel Urbano e Sena Madureira são mais de 15 mil infectados pela doença.


Na fronteira com o Peru e a Bolívia, na região do Alto Acre, nos municípios de Assis Brasil, Xapuri, Brasileia e Epitaciolândia, o índice é de 15%, para uma população de 48 mil pessoas, o que equivale a 7,2 mil pessoas com hepatites. É o mais grave ainda é que nesses municípios segundo Heitor Junior falta médico infectologista.


“Não existe um médico infectologista no Alto Acre, e isso é preocupante porque esses municípios estão bem ali do lado de dois países onde é grande a quantidade de pessoas com hepatites. Lá não tem campanha, controle da doença. Sem falar nos haitianos que estão nos municípios. Pelas informações que temos quase todos os haitianos tem hepatites. Fica muito mais fácil a contaminação”, revela Heitor.


 


 


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