Gleydison Meireles
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O presidente da Associação dos Moradores do residencial Cabreúva, Francisco Delmar, procurou a reportagem do ac24horas para denunciar a situação precária a qual os moradores tem passado. De acordo com o líder comunitário a falta de infraestrutura e de segurança tem deixado os moradores a mercê da própria sorte.
Localizado na região da Baixada da Sobral e inaugurado a pouco mais de um ano, o Residencial Cabreúva tem apresentado problemas de infraestrutura de ruas, esgoto e escoamento de águas pluviais (águas da chuva). A falta de segurança também é outro problema que preocupa boa parte dos moradores do local.
As vias de acesso ao residencial estão intrafegáveis e toda chuva que atinge Rio Branco o Cabreúva vira um verdadeiro açude.
“Nesse período de chuva a situação do Cabreúva fica ainda pior, as vias de acesso ao residencial estão intrafegáveis, moradores que tem carro ou moto ficam atolados e é preciso ajuda de vizinhos para tirar só veículos dos atoleiros. Quando tem uma chuva mais forte as águas invadem as casas causando enormes transtornos aos moradores”, disse Francisco Delmar.
De acordo com o denunciante a rede de esgoto e de drenagem pluvial é insuficiente para o volume de água das chuvas e a quantidade de detritos produzidos nas residências.
“Tenho quase certeza que os engenheiros e as empresas que construíram o residencial não conhecem a realidade do Acre, pois como constroem redes de esgoto e de drenagem que não dão vazão a nada, somos obrigados a conviver com ratos, baratas e cobras”, protesta.
Segundo Delmar, a área onde o residencial foi construído antigamente era uma propriedade rural e nas imediações haviam dois açudes e o terreno era uma área alagadiça, o que pode está contribuindo para o surgimento dos problemas.
Entre outros problemas apresentados pelo morador, está a falta de creche e uma escola para atender a demanda dos moradores. O grupo escolar mais próximo do residencial fica no Bairro Boa União, cerca de mais de um quilometro da entrada do Cabreúva.
“O número de crianças no Cabreúva é muito grande, por isso que o residencial deveria ter uma escola para atender a demanda e também uma creche, pois muitas mães não estão podendo trabalhar porque não tem onde deixar as crianças”.
Outro problema que assola a população que mora no Cabreúva é a falta de segurança. Recentemente a vereadora Graça da Baixada (PSDC), durante uma reunião com a alta cúpula da Polícia Militar do Acre afirmou que pagou pedágio, para entrar e para sair do residencial, a um grupo de marginais que vem aterrorizando a comunidade.
Na ocasião a vereadora disse que ligou para o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), e denunciou o crime. Francisco Delmar revelou que vários fatos foram levados ao conhecimento da Polícia Militar, mas o patrulhamento no local não é realizado por conta da falta de acessibilidade das entradas do residencial.
Mais 112 casas estão sendo construídas no residencial, o que, segundo Francisco Delmar, irá complicar ainda mais a situação do local.
“Como pode o Governo construir mais 112 casas em um local onde já existe tantos problemas, isso é um absurdo. Antes das eleições o prefeito sempre estava lá, conversando com os moradores, recebendo os representantes das comunidades, hoje depois que foi eleito é uma dificuldade conseguirmos falar com ele, já tentei contato com o André Kamai e com o Manoel Lima, que são as pessoas que podem marcar uma audiência com o prefeito, mas até o momento todas as tentativas foram sem sucesso. Estou passando a acreditar que esses residenciais foram construídos não para serem conjuntos habitacionais, mas sim para servir de deposito de pessoas, que são postas lá para viver de qualquer jeito”, desabafou Francisco Delmar.
