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Professores da rede pública de ensino do Acre participam de oficina do projeto “Rios Voadores”

Por
Roberto Gaz

Professores da rede estadual de ensino do Acre participam nesta terça-feira(12) de uma oficina sobre como surge e qual a influência dos “rios voadores”.  Trata-se de um fenômeno climático, formado por correntes de ar que ´viajam´ pela atmosfera, carregando umidade e vapor de água ao longo da bacia Amazônica, chegando até as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.


Ao encontrar certas condições meteorológicas, como uma frente fria por exemplo, essa umidade amazônica transportada pelas massas de ar pode se transformar em chuva, irrigando plantações, aumentando o nível dos rios e enchendo as represas que geram energia nas hidrelétricas.


A oficina de formação de professores acontece no auditório da Secretaria Estadual de Educação, e será ministrada pelo professor Caio Magalhães, químico e geógrafo, com doutorado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, integrante da equipe operacional do Projeto Rios Voadores.


Serão abertas turmas no período da manhã, das 8h30m às 11h30m, e da tarde, das 14h às 17h. Podem participar professores das redes estadual e municipal,  tanto do ensino fundamental quanto do ensino médio. Além dos professores convidados, na abertura do evento estará presente o secretário estadual de educação, Daniel Zen.


Patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental, o Projeto Rios Voadores é comandado pelo aviador-ambientalista Gérard Moss, que também estará presente na abertura das oficinas em Rio Branco. O projeto conta com a parceria de pesquisadores de várias instituições  como CENA, CPTEC e INPE.


O fenômeno climático dos “rios voadores” vem sendo pesquisado a cerca de três décadas no Brasil. O Projeto Rios Voadores tem como objetivo levar esse conhecimento a todas as regiões do país, formando agentes multiplicadores que possam entender e explicar melhor o papel da floresta amazônica no regime de chuvas e no clima brasileiro de modo geral. No ano passado, só na cidade de Rio Branco foram registradas 219 ocorrências  “rios voadores”.


Segundo os pesquisadores, a quantidade de água evaporada diariamente dando origem aos “rios voadores” pode ser equivalente a vazão do rio Amazonas, que é de cerca de 200 mil metros cúbicos por segundo. Uma única árvore de grande porte da floresta amazônica, com uma copa de 20 metros de diâmetro por exemplo, pode jogar para a atmosfera mais de 1.000 litros de água por dia.


A capital do Acre é o próximo destino do projeto. Diferente das cidades do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, onde as pessoas ficam surpresas ao saber que mesmo distante a floresta tem impacto em suas vidas, os acreanos tem uma convivência direta com o fenômeno, embora isso passe despercebido.


Rio Branco está entre as 11 cidades brasileiras contempladas com a ação de educação ambiental. As demais cidades são Brasília (DF), Chapecó (SC), Cuiabá (MT), Londrina (PR), Ribeirão Preto (SP) e Uberlândia (MG), Campo Grande (MS), Santa Maria (RS), Goiânia (GO), Porto Velho (RO). O site do projeto (www.riosvoadores.com.br) disponibiliza várias informações sobre o assunto.


 


 


 


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Roberto Gaz

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