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Homossexuais do Acre farão protesto contra Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara

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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

09/03/2013 14:32

Luciano Tavares – da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com

A escolha do Pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados esta semana, gerou indignação no chamado movimento em favor das minorias em todo país. Entre eles estão os homossexuais do Acre, que marcaram para a próxima quarta-feira, 13, um “ato de repúdio a nomeação de Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos”.

O manifesto acontece em frente ao Palácio Rio Branco, às 19h. Em sua página no Facebook, o presidente da Associação dos Homossexuais do Acre, Germano Marino, está fazendo uma campanha contra a indicação do Pastor e pede a presença da sociedade no ato com “velas nas mãos”.

No convite, Germano se diz disposto “a lutar mesmo que isso faça correr a ultima gota de sangue de nossas vidas” e ainda chama o Pastor de “um ser humano que se veste de atitudes nazistas”.

Ele diz, porém, que a luta não é contra igrejas ou religião, mas contra quem se utiliza dela para fins políticos, eleitoreiros e meramente econômicos.

“Traga uma libra de vela, e acenderemos as chamas, num ato simbólico, pedindo a iluminação das mentes do Congresso Nacional, para que revejam esta eleição descabida, de um ser humano, que está a serviço da intolerância e da discriminação. Vamos iluminar a praça. Vamos às ruas, vamos orar, vamos pedir clemência, vamos lutar, mesmo que isso faça correr a ultima gota de sangue de nossas vidas. Não podemos silenciar diante desta ditadura fundamentalista religiosa instalada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal”, diz Marino.

A indignação se deve não só ao fato de Feliciano ser líder evangélico, mas a declarações feitas por ele de que “A aids é um câncer gay” e “Africanos são amaldiçoados”.

A deputada federal Antônia Lucia (PSC-AC) foi escolhida como vice-presidente de Marco Feliciano, na Comissão de Direitos Humanos. Ambos são evangélicos e membros do mesmo partido.