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Direito de resposta da UNI-AC acusa FUNASA de empurrar movimento indígena para o colapso

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Yawanawa diz que “por conta dessa bandidagem muitos indígenas morreram por falta de assistência de saúde”.


Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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Com o título: “quem não deve não teme”, um dos apontados no relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que classificou a União Nacional dos Indígenas do Acre e Sul do Amazonas (UNI-AC) como inadimplente, Joaquim Luiz Yawanawa, diz que nunca fez parte da coordenação da UNI, nunca assinou nenhum convênio, nem cheques ou qualquer tipo de pagamento.


Conforme a reportagem publicou a UNI-AC surge em primeiro lugar entre as ONGs que captaram recursos junto ao governo federal. Foram 16,1 milhões em convênios assinados e liberados entre os anos de 1999 e 2004. O relatório aponta como irregularidade, a falta de prestação de contas dos convênios firmados entre a instituição e o Ministério da Saúde (MS).


Yawanawa relata que passou cinco anos estudando e trabalhando nos Estados Unidos. Com o objetivo de “moralizar o movimento indígena para que a voz indígena não se calasse diante das injustiças sociais que eram cometidas naquela época”, o indígena afirma que junto com outras lideranças pediu o afastamento de toda coordenação da UNI, envolvida no escândalo do convênio com a Funasa.


“De boa vontade aceitei fazer parte de uma comissão provisória para organizar o movimento indígena. Trabalhamos e organizamos uma assembleia e repassamos para a coordenação todo o trabalho que tínhamos feito. Para minha surpresa, meses depois todo o processo da UNI virou-se contra mim..”, acrescentou.


Mas não foi apenas a UNI que se virou-se contra Yawanawa, como ele próprio relata. O acórdão do TCU nº 4072/2010 condenou os representantes da ONG, Francisco Avelino Batista e Joaquim Luiz Yawanawa a devolverem mais de R$ 8 milhões aos cofres públicos por não comprovarem a aplicação dos recursos federais. Yawanawa foi condenado a pagar R$ 1.879.333,60. O outro, Francisco Batista, a devolver R$ 7.949.404,67.


O documento resposta enviado à redação confirma o que o senhor Walmir Darc, responsável pelo Pólo Indígena de Sena Madureira informou ao ac24horas. A sede da UNI foi fechada em 2004. Yawanawa descreve que “em apenas 04 anos de existência este convênio acabou se transformando num grande símbolo da desestruturação do movimento indígena que perdeu a credibilidade diante das lideranças, organizações governamentais e não-governamentais, acarretando no fechamento total da sede e do próprio movimento indígena UNI/AC”, escreveu.


O indígena faz outra grave acusação, afirma que “A UNI deixou-se levar pela FUNASA, que utilizou de má fé de nossas lideranças para empurrar o movimento indígena num colapso total”.


Ainda de acordo documento enviado à redação, Yawanawa informa que até os dias atuais lideranças indígenas são convocadas para prestar depoimento na Policia Federal, enquanto que os funcionários da FUNASA, “nunca foram convocados. Nem tão pouco a FUNASA, sofreu algum tipo de intervenção”.


Por último, ele desabafa: “A justiça deveria mesmo era procurar os verdadeiros culpados, aliás é uma voz entre o povo indígena que não quer se calar, que se faca justiça, que por conta dessa bandidagem muitos indígenas morreram por falta de assistência de saúde”.


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