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Situando o debate

Por
Roberto Vaz

Vamos pontuar a Operação Delivery sem hipocrisias. Não há uma freira tirada do convento, só profissionais do sexo, entre as envolvidas. Nem um caso de pedofilia. Acontece é que nosso Código Penal é de 1940. O mundo é outro! Agora, o MP e a Polícia Civil só cumpriram uma legislação fora do contexto que vivemos, se não agissem, cometeriam crime de prevaricação.


Debate interessante
Foi interessante os deputados levarem o assunto ao debate. O deputado Werles Rocha (PSDB) está vendo complô em cada estrela, após o acusado Jardel Lima dizer que forçaram envolvê-lo.


Conspiração fictícia
Ao pedir que se abram investigações contra o delegado encarregado do inquérito está no seu direito, mas lhe falece credibilidade em querer envolver o governo numa fictícia conspiração.


 Caso policial
A Operação Delivery é um caso estritamente policial, não há manobra política, isso é delírio.


Palito da Delivery
O deputado Jamil Asfury (PEN) comparou o testemunho do acusado Jardel Lima à maior fraude testemunhal que o Acre já conheceu: o  Palito, aquele que depôs sobre o esquadrão da morte.


Quanta ingenuidade
Sobre o Palito ser um mentiroso, uma fraude, concordo. Agora condenar o Rocha por mostrar um CD e cópias do inquérito do Delivery, sob alegação de “segredo de justiça, é ingenuidade.


Periquito e papagaio
Se há uma piada no processo da Operação Delivery é o “segredo de justiça”. Cópias circulando é o que não faltam. O tal “segredo” é um chiste. Todo mundo sabe quem deu e quem comeu.


 Respeito às instituições
Coube ao líder do governo, deputado Astério Moreira (PEN) a defesa mais dura dos delegados e promotores que comandaram a Delivery: “pessoas sérias e acima de qualquer suspeita”.


Cínico e mentiroso
Foram as palavras usadas por Astério Moreira para qualificar o acusado Jardel Lima, que tentou transformar em farsa o trabalho desenvolvido por delegados e promotores.


Estratégia política
Entre as metas políticas do PT está a de tentar atrair para uma aliança em 2014, alguns prefeitos do Vale do Acre. O tagarela prefeito de Xapuri, Marcinho (PSDB), está na alça de mira.


Segundo decepção
Se essa cooptação acontecer seria a segunda grande decepção política do deputado Chagas Romão (PSDB). Investiu no Padeiro e levou uma rasteira e pode bisar a dose com o Marcinho.


Conversa franca
O presidente do PSDB, deputado federal Márcio Bittar, segundo boa fonte, teria recomendado aos prefeitos do Vale do Acre:
-se o governo quer ajudar aceitem, nossa conversa é em 2014.


Não passa por Petecão
A mesma fonte revelou que, Márcio Bittar sairá candidato ao governo, seja o senador Petecão (PSD) candidato ou não, pois, se perder estaria cacifado para a disputa de 2018.


Questão nacional
E na sua avaliação outro fato força a candidatura de Márcio Bittar em 2014: o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) não poderia ficar sem um palanque do partido no Acre.


 Mamar em onça
O  ex-prefeito de importante município do Acre e um dirigente estadual disputam o amor de uma ex-prefeita da fronteira do Peru. No amor tem gosto para tudo. Equivale a mamar em onça velha.


Com certeza
O  Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina, não conseguiu empolgar no Acre. Não se conhece um nome de importância política no contexto acreano que tenha aderido.


Crise renal
O vereador Juracy Nogueira (PP) foi operado ontem às pressas no Santa Juliana para a retirada de cálculos renais e só deve voltar às atividades em 15 dias. Seu restabelecimento é bom.


Chapa prevista
Gladson Cameli (PP), Perpétua Almeida (PCdoB) e Anibal Diniz (PT) devem ser os principais nomes a disputar no próximo ano a única vaga do Senado. Nenhum tolo na disputa.


Experiência perigosa
Para a FPA é um desafio entrar contra o forte candidato da oposição dividida.


Voz de comando
O grande diferencial no PT é a disciplina partidária. Quando as brigas internas começam a virar manchete de imprensa é dado um basta. Tião Viana deu um comando e a última crise acabou.


Voz solitária
O deputado Helder Paiva (PEN) é voz solitária no partido por uma aliança com o PT na disputa de vagas na Assembléia Legislativa. É muito difícil o PT aceitar seis deputados em sua chapa.


Voz contra
E ainda há posição do presidente do PEN, deputado Astério Moreira, contra essa aliança.


Qual a diferença?
Não consigo vislumbrar alguma vantagem em a oposição ter vários candidatos ao governo em 2014. Essa tese foi aplicada e defendida na disputa da prefeitura da Capital e fracassou. Ganhou o PT nos dois turnos. Independente de enfrentar um ou dois candidatos o governador Tião Viana é muito forte, tem o poder, sabe usar o poder e não faz um governo medíocre. A oposição ter um ou vários candidatos em nada muda o quadro, é mera questão de semântica.


Por Luis Carlos Moreira Jorge


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Roberto Vaz

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