Gleydison Meireles
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O bloqueio da rua foi a maneira encontrada pelos moradores de tentar sensibilizar o poder público para o drama vivido por dezenas de famílias do local.
De acordo com os moradores o problema perdura há mais de duas décadas, e durante o período invernoso os prejuízos sofridos são incalculáveis. Até o momento nenhuma solução foi tomada para amenizar o drama das famílias.
Segundo relatos da moradora ela não estava em casa no momento em que começou a chover e quando chegou em casa encontrou maior parte dos móveis submersos.
“Todas as vezes que chove é a mesma coisa, as ruas ficam alagadas, os quintais e as casas são invadidos pelas águas da chuva, já não sabemos mais o que fazer. Em dezembro do ano passado durante um temporal perdi a maioria dos moveis e eletrodomésticos da minha casa, hoje outros moveis foram molhados, já cansei de comprar colchão, este que molhou hoje é o quarto que perco na alagação”, desabafou a moradora enquanto olhava os estragos em sua residência.
No fundo dos quintais das casas atingidas pelas águas passa um córrego onde há uma galeria para o escoamento das águas pluviais, construídas em administrações municipais anteriores, mas que não suporta o volume de água que se acumula no córrego e transborda.
A funcionária pública Antônia Bezerra estava indignada com a situação vivida há cerca de 22 anos em que mora no Tancredo Neves.
“Já perdi foi as contas de quantos móveis eu perdi nas inundações deste córrego, o ultimo foi um guarda-roupa que comprei a prestações e ainda não terminei de pagar, mas que já não presta mais. Nos moradores já procuramos a prefeitura, já fomos na Defesa Civil, muitos que estão aqui já se inscreveram nesse projetos do Governo na tentativa de conseguir uma moradia mais digna, mas até agora ninguém foi contemplado, e enquanto o poder público não faz nada nos ficamos aqui vivendo nessa situação”, disse.
O caso da moradora Mazonir Nobre, não é diferente, durante a chuva da tarde desta terça-feira, as águas invadiram sua casa, no quintal o nível atingiu mais de um metro e meio, no momento em que a reportagem do ac24horas chegou ao bairro a chuva já havia cessado mas as águas ainda invadia os quintais.
No início da noite um representante da Secretaria de Articulação Comunitária identificado pelo nome de Francisco Pereira da Silva, e que, segundo ele, estava também representando a prefeitura de Rio Branco esteve no local e negociou com os moradores. Francisco Pereira disse que o prefeito Marcus Viana garantiu que em 15 dias a prefeitura apresentará um projeto de obras para as ruas mais atingidas pelas enxurradas.
“O prefeito está ciente da situação e disse que no prazo máximo de 15 dias a prefeitura apresentará um projeto que irá solucionar esse problema. Esperamos que os moradores tenham um pouco mais de paciência que este problema terá um fim, a prefeitura elaborará um projeto de infraestrutura para esse local e logo após estará em busca de captar recursos para a realização das obras”, argumentou o representante do prefeito.
Após as garantias de que a prefeitura solucionará o problema os moradores desbloquearam a rua e o trânsito foi normalizado. Mas os manifestantes garantiram que caso a prefeitura não cumpra com o acordo novos protestos serão realizados.
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