Com atraso de aluguel, falta de servidores, lotação em celas e matagal, Instituto Sócioeducativo em Feijó funciona em condições precárias; Direção do órgão admite atraso em aluguel, mas nega abandono
Luciano Tavares – da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com
Abandono, celas superlotadas, falta de profissionais, atraso em aluguel. É assim, em situação precária, que funciona o Centro Sócioeducativo do Estado, no município de Feijó.
As dificuldades de estrutura da unidade começam pela internação. As celas com capacidade para oito reeducandos estariam abarrotadas, com até 13 menores.
A área de esportes está abandonada e tomada pelo mato. A piscina, que até o ano passado era usada pelos menores, há meses não passa por uma limpeza. Com a água suja e, totalmente, contaminada o local é um criadouro do mosquito da dengue.
Ainda segundo denúncias, o número de servidores na unidade é insuficiente. Falta até psicólogo, profissional de extrema importância num centro destinado a atender reeducandos.
“É um descaso total. Lá ta um matagal só. Vamos procurar junto à prefeitura ajudar para fazer a limpeza do local”, disse a vereadora Matilde (PSDB).
E para completar a série de descaso, o governo está com uma dívida do aluguel do prédio no valor de R$ 60 mil, e não há previsão de pagamento.
Direção do Ise nega abandono, mas admite atraso no aluguel
Através de sua assessoria de Imprensa o Instituto Sócioeducativo negou superlotação nas celas, falta de servidores e prédio abandonado, mas admitiu atraso no aluguel da instituição.
Ainda segundo a assessoria, o Instituto Sócioeducativo irá funcionar em uma sede própria, num prédio que é construído pelo governo do Estado na cidade.
“O Ise espera um repasse do governo federal para inaugurar as novas instalações no município”, disse a assessora de imprensa do órgão, Brenna Amancio.
Apesar das imagens que comprovam o terreno tomado pelo mato, a direção do Instituto Sócioducativo diz que o terreno “é limpo sempre,”. Já a piscina foi realmente abandonada. Mas para o Instituto “isolada”.
Sobre a insuficiência de servidores e lotação das celas, o órgão informou que há servidores suficientes para atender a quantidade de menores.
“É um uma das unidades mais tranqüilas do instituto no estado. Não existe superlotação. São poucos adolescentes por celas”, completou a assessora.