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Em menos de 24 horas governo brasileiro manda agentes para proteger presos acusados de matar adolescente na Bolívia, mas detentos acreanos na Vila Bush continuam esquecidos

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Roberto Vaz

Luciano Tavares –  da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com


O tratamento dispensado pelo governo brasileiro a 12 torcedores do Corinthians, presos na Bolívia, acusados pela polícia local de participação na morte de um adolescente boliviano durante a partida válida pela Taça Libertadores da América, entre o time brasileiro e o San José, em Oruro, (que terminou 1 a 1) é bem diferente da que é dada aos acreanos que estão no presídio de Vila Busch, em Cobija, também na Bolívia.


Para se ter uma idéia da diferença no tratamento, em menos de 24 horas depois do incidente, que tomou a mídia nacional e internacional, o Itamaraty enviou agentes ao local, onde os torcedores paulistas estão presos, para evitar abusos dos policiais bolivianos.


Porém nos casos envolvendo expulsões, conflitos e massacres de acreanos no país vizinho, o governo brasileiro até agora não se moveu para solucionar de fato o problema, que não é de hoje.


Voz política de apoio não falta. Senadores, deputados federais e estaduais do Acre se pronunciaram em repúdio aos atos bárbaros praticados, especialmente, após a morte de um brasileiro, assassinado brutalmente no presídio de Vila Busch, na semana passada.


Uma comissão parlamentar, liderada pela deputada federal Perpétua Almeida, esteve em Brasília com o ministro das relações exteriores, Antônio Patriota, para tratar sobre o caso, nesta quarta-feira, 22, por coincidência no dia do ocorrido em Oruro. Patriota prometeu vir ao Acre. Só não se sabe se haverá urgência na ajuda aos acreanos humilhados no país vizinho ou se o caso ficará no esquecimento até que outra eventual barbaridade chame a atenção de todos novamente.


A vítima dos componentes da Gaviões da Fiel, torcida organizada do time paulista, era um adolescente de 14 anos. Kelvin Douglas Beltrán foi atingido por um sinalizador que teria sido jogado pela torcida do Corinthians em direção aos adversários. O menino foi atingido no olho e morreu a caminho do hospital.


Os doze rapazes detidos foram inicialmente levados para uma delegacia e depois para um centro de detenção na cidade de Oruro, mas todos com garantia de proteção diplomática a partir da intercessão do governo brasileiro junto ao boliviano. Enquanto isso o presos acreanos continuam em condições sub-humanas no presídio de Vila Busch.


 


 


 


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