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Eber Machado denuncia que grupos peruanos estão extraindo madeira no Parque Nacional da Serra do Divisor

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


O deputado Eber Machado (PSDC) denunciou na tribuna da Aleac na manhã desta quarta-feira (20), a presença de grupos peruanos acampados em território brasileiro fazendo a extração de madeira na serra do Divisor. Machado afirmou que os fiscais do ICMBio confirmaram a irregularidade, mas nenhuma providência foi tomada pelas autoridades federais.


“Recebi a denúncia de amigos que me procuraram na visita que fiz ao Vale do Juruá. Quero solicitar providências para retirada destes peruanos que estão explorando riquezas que os brasileiros foram proibidos de usar para subsistência. No Parque Nacional da Serra do Divisor é proibida a pesca e a caça, mas não é coibido um crime desta natureza”, diz Eber Machado.


Segundo o parlamentar, mais de três mil famílias de seringueiros habitavam a reserva, mas com o declínio da borracha e a fiscalização exagerada do Ibama e ICMBio, muitos produtores rurais foram prejudicados. “O Ibama está agredindo as pessoas que utilizam os recursos da área para subsistência, mas não atuam contra os verdadeiros criminosos”, enfatiza.


Eber Machado afirma que o problema estaria acontecendo desde o ano passado. “O chefe do Ibama é um bacana que fica monitorando tudo através de computadores. O ICMBio é um instituto de fachada. Em sobrevoos ficou constatado pelos fiscais do ICMbio, que a extração de madeira de forma ilegal está acontecendo, mas só é fiscalizado o pequeno”.


Para o parlamentar, a fiscalização dos institutos ambientais é falha e teria como foco a população nativa da Serra do Divisor. “Quando vão ao local ficam escondidos em curvas de rios, esperando pais de famílias que são multados e humilhados por utilizarem os recursos da reserva para subsistência. É essa a fiscalização que existe”, protesta Eber Machado.


O deputado sugeriu a criação de uma comissão da Aleac, para tratar o assunto junto às autoridades federais brasileiras. “Precisamos defender nosso povo. Enquanto centenas de pais de família são obrigadas a enfrentar a truculência da fiscalização, os criminosos peruanos agem livremente em território brasileiro. Vamos fazer nossa parte”, finaliza.


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