Categories: Acre

Unificação do ICMS interestadual começa a tramitar no Senado

Por
Roberto Gaz

Já está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) projeto de resolução (PRS 1/2013), de autoria do Executivo, que unifica gradualmente as alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Essas alíquotas, que são de 7% nos estados das regiões Sul e Sudeste (exceto Espírito Santo) e de 12% nos demais, deverão convergir para 4% até 2025.


Como a redução prevista é de um ponto percentual ao ano, a alíquota das regiões Sul e Sudeste chegaria a 4% em 2016 – percentual que só seria praticado pelas demais regiões em 2025. Com a mudança, o governo federal pretende deslocar o peso da tributação da origem para o destino das mercadorias, o que desestimularia a concessão de benefícios que hoje movem a chamada guerra fiscal.


O projeto de resolução excetua da regra geral as operações originadas da Zona Franca de Manaus e as realizadas com gás natural, cuja alíquota continuará em 12%.


A proposição será examinada apenas pelo Senado, sendo promulgada em seguida se aprovada.


Compensação


O PRS 1/2013 está vinculado à medida provisória (MP 599/2012), que compensa os estados com crédito automático da União em valor equivalente à diminuição das alíquotas, no período de 20 anos, a partir de 1º de janeiro de 2014.


Para enfrentar um dos argumentos usados pelos estados na guerra fiscal – a ausência de política federal de combate às desigualdades regionais –, o governo cria, na mesma MP, um fundo de desenvolvimento. Os investimentos nele previstos chegam a R$ 222 bilhões, entre 2014 e 2033, via instituição oficial de crédito, e a R$ 74 bilhões, por meio de transferências aos estados e ao Distrito Federal, no mesmo período.


Quórum


O PRS 1/2013 e a MP 599/2012 integram um pacote para enfrentar o contencioso federativo. O Executivo também enviou para o Legislativo um projeto de lei complementar (PLP 238/2013), em tramitação na Câmara dos Deputados, que propõe um quórum diferenciado para fins de aprovação de convênio, a ser celebrado pelos estados e pelo Distrito Federal, com o objetivo de equacionar os benefícios e incentivos fiscais concedidos em desacordo com a Constituição – justamente os que serviram de base à guerra fiscal. O acordo deve ser estabelecido no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).


O mesmo projeto prevê a alteração dos critérios de indexação aplicáveis aos contratos de refinanciamento celebrados entre União, estados e municípios. As dívidas passariam a ser corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais juros de 4% ao ano. Atualmente, o saldo devedor dos estados e municípios é atualizado pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais juros de 6% a 9%.


Agência Senado


 


 


 


 


Share
Por
Roberto Gaz

Últimas Notícias

  • Acre
  • Notícias

Energisa apresenta novidades no Parque de Exposições Wildy Viana

O estande da Energisa no Parque de Exposições Wildy Viana está trazendo uma série de…

01/09/2024
  • Acre
  • Notícias

Na Expoacre, mãe vende rosas e brigadeiro com filha de 1 ano no colo

Já era tarde da noite nesse sábado, 31, quando uma equipe do ac24horas se deparou…

01/09/2024
  • Acre 01
  • Notícias

Marcus Alexandre ouve relatos de abandono e garante investimentos na Cidade do Povo

O candidato a prefeito pela coligação Bora Rio Branco, Marcus Alexandre (MDB), visitou a Cidade…

01/09/2024
  • Acre

Detran conscientiza sobre o trânsito com estande interativo na Expoacre

Durante a Expoacre 2024, o jornalista Leônidas Badaró fez uma visita ao estande do Departamento…

01/09/2024
  • Extra Total
  • Notícias

Montado a cavalo, Gladson levanta o público na abertura do rodeio

Uma das novidades da Expoacre 2024 foi a abertura do Rodeio logo na primeira noite…

01/09/2024
  • Acre 01
  • Notícias

Primeira noite de Rodeio tem apresentação de 35 peões do Acre, Amazonas e Rondônia

A primeira noite de rodeio da Expoacre 2024, realizada no Parque de Exposições Wildy Viana,…

01/09/2024