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Famílias atingidas pela cheia do rio Acre ainda sonham com a casa própria

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Elas foram expulsas de casa pela cota de inundação do Rio Acre, considerada como muito baixa [14m12]. Realidade mostra a continuidade do comércio de imóveis em áreas de risco


Jairo Carioca – da redação de ac24horas
[email protected]

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Seis famílias que moram em edificações com cotas muito baixas e que já foram atingidas pela cheia do Rio Acre sonham com a casa própria. Expulsa três noites de seu barraco, no bairro Taquari, dona Raimunda Carneiro disse que foi inscrita há 04 anos no programa Minha Casa, Minha Vida, mas nunca recebeu notícias sobre a sonhada casa em lugar seguro. Ela e os cinco filhos não querem voltar para a região.


“Se eu pudesse já tinha saído de lá há muito tempo, mas não tenho pra onde ir com minhas crianças”, comentou dona Raimunda.


Além do Taquari, os bairros: Airton Sena, Baixada da Habitasa e Bairro da Base estão inseridos em áreas com risco de alagamento em cotas muito baixa. Essas famílias foram expulsas pelo pico do Rio Acre de apenas 14m12.


Durante toda esta terça-feira (13), o nível do manancial baixou 0,22 centímetros. A última medição, das 18 horas, marcou 13m43. Mas a Defesa Civil não sinaliza com a volta das famílias para casa. A previsão do tempo para as próximas 72 horas é de muita nebulosidade com pancadas de chuva a qualquer momento.


desabrigados


“Vamos nos manter em alerta, ainda temos quase três meses de inverno”, disse George.


O alerta não é sinônimo de alegria para nenhuma das famílias atingidas. Sem esperança de ser contemplada, a dona de casa de origem peruana, Luiza Souza, apela pelo aluguel social oferecido pelo município. Ela mora alugada, mas conta que está desempregada.


“Já que é tão difícil uma casa própria, eu queria pelo menos receber este benefício, estou sem emprego e com dificuldades”, contou a dona de casa.


Enquanto o sonho não chega, o município tenta amenizar o sofrimento das famílias com uma estrutura médica e de assistência social.


Até para quem vive em área de risco geológico, como é o caso de centenas de famílias da região do Preventório até a Secretaria de Educação, “os recursos são poucos para atender a todos”, revelou o coordenador de Defesa Civil, George Santos.


Comércio de imóveis em área de risco ainda é realidade


Outra situação que preocupa as autoridades da Defesa Civil é o comércio de imóveis em áreas mapeadas como de risco. Dona Marluce Luiza veio da cidade de Tarauacá com quatro filhos e trocou sua casa com outra residência na região do bairro Airton Sena. Ela e os quatro filhos estão alojados no Parque de Exposição Marechal Castelo Branco.


“A troca do imóvel deve ter sido feita pós-enchente. O que a gente recomenda é que essa transação comercial aconteça com o auxílio da prefeitura para evitar aglomeração em áreas não habitáveis”, recomenda o coordenador da Defesa Civil do município, Ten. Cel. George Santos.

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