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Agência Nacional de Petróleo mantém projeto de fomento para a pesquisa de hidrocarbonetos na comunidade São João, no Acre

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Roberto Vaz

O poço perfurado pela Petrobrás na comunidade São João, região próxima à terra indígena Puyanawa, no município de Mâncio Lima, apresentou indícios de petróleo, informou Luiz Bampa, geofísico da Georadar, empresa responsável pelos levantamentos geofísicos e contratada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


Os trabalhos da agência vêm sendo executados nos municípios de Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves e Mâncio Lima, no Estado do Acre e nos municípios de Ipixuna e Guajará, no Estado do Amazonas. Há possibilidade de ser encontradas ocorrências de petróleo ou de gás natural em toda região do Vale do Juruá acreano, além dos municípios amazonenses.


Para se chegar à conclusão que de fato a região tinha as condições para prospecção de gás natural e petróleo, foi preciso “trilhar um longo caminho” que incluiu levantamentos aéreos, realizados em 2007 e 2008, levantamentos geoquímicos de 2008 a 2010 e por fim o levantamento de dados de sísmica de reflexão, que terminam no próximo mês. Concluídos os trabalhos, a Georadar entregará o diagnóstico para a ANP, que é responsável pelo estudo e fomento.


“De posse dos dados do Projeto Bacia do Acre 2D, a agência poderá abrir licitações para que empresas possam prospectar petróleo e gás natural”, disse Luiz Bampa. “Estamos identificando as estruturas no interior da bacia sedimentar potencialmente portadora de petróleo ou gás. A prospecção é feita através de um método indireto e não invasivo. Se forem encontradas estruturas favoráveis, serão feitas perfurações de poços”.


Ainda segundo o geofísico, a Georadar, no atual momento, está realizando levantamentos no município de Ipixuna. Para realizar o trabalho são utilizados explosivos com fonte sísmica. “São abertos furos de quatro metros de profundidade, dentro são colocadas os cartuchos com os explosivos e espalhados sensores que registram tudo. Depois de registrados, os dados passam por um processamento sofisticado que resulta nas sessões sísmicas, que são uma imagem da subsuperfície do terreno, que serão interpretadas pela ANP”, explicou Bampa.


Os objetivos das perfurações dos poços, quando forem feitas no futuro, podem atingir profundidades maiores que 3.000 metros.


Durante a década de 70 e 80, o empresário e ex-governador Orleir Cameli forneceu equipamentos para a Petrobrás realizar trabalhos de prospecção na região. Mesmo com a ausência de equipamentos modernos, entre outras dificuldades, dois poços foram perfurados. A atual tecnologia de mapeamento permite um conhecimento cada vez maior do subsolo, o que minimiza os custos da perfuração e impactos ambientais.


www.vozdonorte.com.br  – Jorge Natal


 


 


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