Luciano Tavares – da redação de ac24horas
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“Se o Kassab pressionar para que a gente faça aliança com o PT aqui no Acre eu to fora”, declarou o senador Sérgio Petecão, presidente do PSD no Acre ao confirmar que o partido em nível nacional deve mesmo oficializar apoio a presidenta Dilma Rousseff, no congresso Nacional.
O tema é destaque na grande mídia desde as eleições municipais passadas. Em troca, o PSD deve comandar a Secretaria Nacional da Aviação, com cargos ainda no Ministério dos Transportes.
O PSD de Rondônia declarou apoio integral ao PT, tanto no estado quanto no Congresso Nacional.
O presidente nacional do partido, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deve fazer após o Carnaval uma consulta aos dirigentes partidários nos estados, o que seria apenas um rito, já que na prática o PSD apóia a presidenta Dilma Rousseff no Senado e na Câmara.
Para Petecão o fato de seu partido apoiar no âmbito nacional a presidente petista não é empecilho para uma possível candidatura sua ao governo do Acre, já que no estado “não há aliança de jeito nenhum com os petistas”. “Em nível nacional a gente já apóia. Eu aprovo da Dilma o que é de interesse do país, o que não for à gente não aprova”, completa.
“O Aníbal tem feito tudo para o horário não voltar”, afirma Petecão
Petecão também contestou as afirmações do senador Aníbal Diniz, dadas durante o programa Gazeta Entrevista, desta terça-feira, 09, de que é imprevisível a volta do antigo horário, escolhido através de referendo pelos acreanos, em outubro de 2010.
Aníbal que é favor do atual horário, aprovado através de uma lei do então senador Sebastião Viana, em abril de 2008, disse que a volta do antigo horário “depende da movimentação e das articulações
Segundo Petecão “o Aníbal tem feito tudo para o horário não voltar. Volto a dizer a maioria quis o horário antigo através de uma consulta popular. Então, a vontade do povo deve ser respeitada. O que acontece é que o Aníbal está fazendo o jogo de alguns órgãos que não querem a volta do nosso antigo horário”, finaliza Petecão.
Entenda como o caso do horário do Acre transformou-se nesse imbróglio e em que pé está a discussão
O projeto de lei do então senador Sebastião Viana, que foi aprovado em abril de 2008, mudou o horário que estava em vigor no Estado desde 1913.
A mudança, no entanto, não foi bem aceita pelos acreanos, e a Câmara decidiu por um referendo.
Na consulta popular, decorrente de um projeto do deputado Flaviano Melo (PMDB), realizada em outubro de 2010, junto com o segundo turno das eleições presidenciais, a maioria dos acreanos (56,8%) disse não à mudança imposta por Sebastião Viana.
Porém, quase cinco meses depois da consulta, a Câmara concluiu que o referendo não foi válido porque os moradores de parte do Amazonas e Pará, onde a Lei de 2008 também vigora, não foram consultados.
Mas em junho de 2012, após inúmeras análises e debates sobre o tema, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou o Projeto de Lei 3078/11, do Executivo, que restabelece o fuso horário do Acre, atendendo o referendo realizado em 2010.
O projeto foi encaminhado ao Senado e deve entrar na pauta ainda este ano, após o recesso.