Ray Melo,
da redação de ac24horas
raynelo@ac24horas.com
Se depender da vontade do senador Aníbal Diniz (PT), o referendo popular votado em 2010, aonde a maioria da população do Estado pede o retorno do antigo fuso horário do Acre não será respeitado.
Em entrevista na programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, afiliada da Rede Record, o senador acreano disse que é imprevisível o retorna da antiga hora do Acre, alterada por uma lei de autoria do então senador Sebastião Viana (PT).
A lei proposta pelo atual governador do Acre, deixou o Estado com a diferença de apenas uma hora, em relação à capital federal Brasília. Num referendo popular votado em 2010, os acreanos decidiram pelo retorno do antigo fuso horário.
Segundo Aníbal Diniz, que herdou a vaga de Sebastião Viana, o horário do Acre teria sido alterado através de uma lei aprovada na Câmara e no Senado e sancionada pelo presidente Lula, obedecendo a todos os ritos.
“Ela cumpriu todo o rito legislativo na sua integralidade. Quando houve a proposição do referendo, ele não cumpriu todo o rito, porque previu alteração automática. Teria que ter um nova lei para ser aprovada”, diz Diniz.
O petista destaca que [mesmo sem uma consulta prévia à população do Estado] a lei apresentada por Sebastião Viana teria tramitado e teria sido aprovada de forma correta na Câmara Federal e no Senador Federal.
“Nós temos um fuso horário que é fruto de uma lei aprovada e sancionada corretamente. Então, enquanto não tivermos outra lei que se ponha de forma contrária a esta, nós teremos que cumprir a que está em vigor”, enfatiza.
Aníbal Diniz disse ainda, que o senador Petecão (PSD) estaria fazendo um movimento na Câmara e no Senado, para que o fuso horário volta, “mas ele vai ter que cumprir integralmente o rito”, como cumpriu Sebastião Viana.
Questionado pelo apresentador Alan Rick, sobre qual seria o tempo de duração do rito de tramitação, para o retorno do “horário de Deus”, Aníbal Diniz foi enfático: “é imprevisível. Depende da movimentação e das articulações”.
Sem levar em consideração a vontade dos eleitores acreanos, o senador afirmou que tudo dependerá dos parlamentares. “Ali é uma casa democrática onde os posicionamentos são levados em consideração”, destacou.
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