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Na fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia, Polícia de Transito não possui nenhum bafômetro

Por
Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

Jairo Barbosa – jbjurua@gmail.com
De Assis Brasil
Fotos: Jairo Barbosa


Na cidade por onde passam mensalmente cerca de 20 mil pessoas que atravessam a fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia, a Polícia Militar não dispõe do aparelho que afere o teor alcoólico nos motoristas: o bafômetro.


Mesmo com a entrada em vigor da nova lei seca que prevê multas pesadas e até prisão para o motorista flagrado embriagado ao volante, na tríplice fronteira, do lado brasileiro, os condutores de veículos não serão importunados pela fiscalização.


Na cidade onde a frota não supera os mil e quinhentos veículos, o maior número de carros que passam por aqui vem de outras cidades do Acre e de outros estados, e em sua maioria, não são submetidos á fiscalização.


No posto que abriga a Policia Federal, a Receita Federal e os demais órgãos nacionais que controlam a entrada e saída de veículos e pessoas na tríplice fronteira, raras são as abordagens feitas pela polícia.


No perímetro urbano então, blitz é tão raro por aqui quanto o sinal de telefonia celular. Sem o bafômetro a tranquilidade dos motoristas é ainda maior e o trabalho da polícia, menor.


O comandante da CIATRAN, Companhia Estadual de Transito, Major Márcio Alves, disse á reportagem que o único bafômetro disponível para a PM na cidade foi enviado para a revisão, que deve ser feita anualmente fora do estado.


“Os equipamentos possuem um prazo de validade e precisam ser aferidos anualmente pelo órgão competente. Com a data de vencimento ultrapassada, o equipamento não pode ser usado, e creio que em Assis Brasil, somente daqui a uns vinte a trinta dias o bafômetro será enviado de volta”, disse o militar.


O comandante fez uma comparação entre a capital e as cidades do interior, e disse que em Rio Branco, onde estão quase 80% da frota do estado, a fiscalização exige um maior número de equipamentos e que as cidades pequenas não são prioridades.


“O bafômetro é fundamental em todos os lugares, mas a prioridades são as cidades grandes. Em Rio Branco por exemplo, só as equipes do Álcool Zero contam com oito bafômetros”, disse.



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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

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