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Família denúncia que homem foi enviado do PS à delegacia com bala alojada próxima a coluna

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A irmã de Wescley Azevedo denuncia invasão de domicílio e truculência de policiais do Grupamento Águia; subcomandante da Polícia Militar, coronel Paulo César informou que foi instaurado inquérito policial para investigar o fato e o policial que efetuou o disparo teria sido afastado das funções; diretor do Huerb, Giovanni Casseb descarta necessidade de cirurgia para retirada de projétil


 Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com

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Os familiares do entregador autônomo, Wescley Azevedo de Mendonça, 32, denunciaram nesta quarta-feira, 26, a suposta negligência médica da equipe do Pronto Socorro de Rio Branco. De acordo com a narrativa dos parentes, ele teria sido enviado à delegacia da 1ª Regional (Delegacia de Flagrantes), com uma bala alojada próxima a coluna.


O ferimento à bala teria acontecido durante uma abordagem policial, no Beco São Domingos, no bairro Seis de Agosto, na noite de terça-feira, 25, por volta de 21h. A irmã da vítima, Cristiane Alves Figueira, 29, denúncia ainda, “invasão de domicílio e truculência de policiais do Grupamento Águia”, que teriam espancado Wescley Azevedo, depois de baleado.


A família de Wescley Azevedo questiona que ele será encaminhado ao presídio sem receber atendimento médico adequado. “Meu irmão não recebeu atendimento. Os médicos não fizeram a cirurgia para retirada a bala que continua alojada próxima à coluna. Nem o laudo médico, a direção do Pronto Socorro quis fornecer”, afirma Cristiane Alves.


Elaine Ferreira, esposa da vítima protesta e diz que “é um absurdo seu marido está baleado dentro de uma cela. Os médicos do Pronto Socorro o liberaram sem receber nenhum remédio. Ele está com muitas dores e só consegue andar se for amparado. Não quero acreditar que vão deixar meu marido morrer por falta de atendimento médico”, destaca.


O subcomandante da Polícia Militar, coronel Paulo César informou que foi instaurado um inquérito policial militar para apurar o fato. O militar disse que a arma que efetuou o tiro foi recolhida e o autor do disparo foi afastado de suas funções, “independente de o disparo ter sido legal ou não, ele só volta depois de passar por uma avaliação psicológica”, enfatiza.


O trabalhador foi preso por porte ilegal de arma de fogo, crime que não cabe fiança, por ser uma arma com a numeração raspada. Os parentes de Wescley Azevedo afirmam que desconheciam a existência da arma. Eles informaram ainda, que a vítima teria relatado que estava sofrendo ameaças de morte, desde que retornou do trabalho no interior.


A reportagem procurou a direção do PS, para saber a versão da equipe médica. O diretor do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), Giovanni Casseb informou que todos os exames foram realizados em Wescley Azevedo. “O paciente foi liberado após ficar em observação. Não existe perigo, a bala não compromete a integridade do paciente”, justifica.


Segundo o médico Giovanni Casseb, a vítima de arma de fogo teria feito tomografia, ultrassom e Raio X, onde ficou constatado que não seria necessária a remoção do projétil. “A bala não compromete nenhum órgão vital ou o sistema do paciente. Por este motivo não foi realizada a cirurgia. Ele passou por uma nova reavaliação e foi liberado pelos cirurgiões”, destaca.


A bala estaria alojada no osso Ilíaco e não próxima à coluna, disse o gestor do Huerb. Para Giovanni Casseb, os advogados queriam que Wescley Azevedo permanecesse internado para evitar a prisão. “O fato de o projétil está alojado no paciente estaria sendo usado como estratégia de defesa, mas não representa perigo de morte ao paciente”, finaliza.


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