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Blitz na saúde do Acre – Sindicato flagra médicos trabalhando em condições precárias no HUERB

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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@gmail.com


Diretores do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) flagraram profissionais trabalhando em condições precárias no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco-AC em fiscalização realizada na manhã desta sexta-feira (14). Durante a manhã, o setor de Urgência atuou com apenas dois médicos plantonistas. O resultado da falta de recursos humanos era visto nos corredores cheios de macas e cadeiras de rodas nas quais os pacientes esperavam por atendimento. Médicos pediatras denunciaram a falta de salas para atendimento adequado para crianças. Em reforma, as vagas de UTI foram reduzidas de dez para sete leitos. Sindicato encampa luta nacional para ampliar o financiamento do SUS.

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A visita sem aviso prévio faz parte de uma estratégia do Sindmed-AC que vai as unidades hospitalares do interior, onde segundo o presidente, Dr. José Ribamar, “a realidade de condições de trabalho é ainda pior”, disse.


Na visita desta sexta-feira o setor de pediatria do Hospital de Urgência e Emergência foi o que apresentou situação mais precária. Médicos foram flagrados fazendo atendimento de emergência e laboratorial no mesmo espaço. A situação foi confirmada pelo pediatra Gildo César.


“Os problemas aqui começam na triagem para pediatria que não funciona. Temos que fazer atendimento ambulatorial e de emergência ao mesmo tempo. Não existe sala adequada para consultas, muitas vezes, estamos atendendo e nos deparamos com pais de crianças nervosos discutindo com profissionais e alguns até agressivos. É impossível fazer os dois atendimentos ao mesmo tempo”, desabafou César.


Ainda no setor de emergência, apenas dois dos quatro médicos plantonistas estavam atendendo. A Unidade de Terapia Intensiva teve reduzido de dez para sete leitos, e segundo o enfermeiro Rosicley Souza, funciona sem vagas constantemente. “Aqui quando sai um paciente, geralmente tem quatro ou cinco na fila de espera”.



O enfermeiro acrescentou que com a reforma que está em andamento, os leitos serão ampliados para dezoito e com a conclusão da ampliação do hospital, o número será elevado para vinte e oito.


No primeiro andar da ala velha do Huerb, mais flagrantes. Um aparelho de leitura de raio -x está sem tomada. Infiltrações provocadas por goteiras dividem espaço com os leitos das enfermarias masculina e feminina. Leitos lotados funcionam sem ar-condicionado.


A sala de repouso dos médicos foi outro setor que chamou a atenção do sindicato. Na sala feminina, não tinha energia. Colchões velhos e cadeiras quebradas fazem parte do cenário. Vários pontos de energia estão com fiações expostas com risco de curto circuito.


“Um profissional que trabalha doze horas de plantão precisa de um ambiente mais humano para o repouso, vocês estão vendo aqui as condições que são dadas para os médicos do estado trabalhar”, acrescentou Ribamar.


O sindicato no Acre encampa uma campanha nacional que colhe um milhão e meio de assinaturas para anteprojeto de lei de iniciativa popular que determina o repasse de 10% da receita da União para o financiamento do SUS.

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“Com isso os recursos passariam para R$ 35 bilhões. A melhoria do setor de saúde significa mais vidas salvas”, concluiu Ribamar.



O OUTRO LADO:
O diretor do Hospital, médico Giovani Casseb, acompanhou de longe a visita do SindiMédico. Procurado, a sua secretária informou que o mesmo estava em reunião e não poderia atender a reportagem.


 


 


 


 


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