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Antropológo diz que existem mais de 2 mil sítios arqueológicos no Acre Ocidental

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Roberto Vaz

Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@gmail.com


O antropólogo Jacó Cesar Piccoli, do Grupo de Pesquisas em Filosofia Política e Ética da Universidade Federal do Acre, disse hoje pela manhã (11), que a descoberta do Sitio Arqueológico na zona urbana do Segundo Distrito de Rio Branco não é um achado gratuito. Ele acredita que aos poucos as descobertas sobre nosso passado possam estimular uma alternativa de pesquisa na área. “Na Ufac, sofremos com a falta de arqueólogos”, disse o estudioso.


Contrapondo a falta de profissionais, Piccoli destaca que no Acre Ocidental existem cerca de 2 mil sítios arqueológicos, mais de 800 deles, somente geoglifos antropizados. Na cidade de Rio Branco, o estudioso afirma que no campo do Juventus também foram encontrados vestígios arqueológicos.


“Não é um achado gratuito, estudos iniciados por Chandles, apontam para a ocupação do Acre em áreas que não são margens de rios, isso coloca em xeque o que muitos pesquisadores afirmam, que nossa ocupação se deu pelas margens dos grandes rios existentes. Chandles nos leva a crer que essa ocupação era estratégica, esses povos por algum tipo de cultura se diferenciava de nós. Há registros de ocupações em colinas altas”, comentou o estudioso.


Piccoli faz parte do Núcleo de Pesquisas de Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais pela PUC, de São Paulo, de onde conversou com a reportagem através de telefone. Ele disse que os achados recentes mostram que o Acre foi ocupado há mais de mil anos.


“A região era muito povoada, existiam pelo menos 70 a 80 grupos indígenas, uma população de 30 mil habitantes que foi exterminada por doenças trazidas pelos brancos ou até mesmo por métodos de violências”, acrescentou.


Piccoli disse ainda que falta muita pesquisa a ser desenvolvida nessa área e que existem muitos dados provisórios. As peças de cerâmicas, garrafas e ferros encontrados no Segundo Distrito serão analisadas e farão parte de uma exposição organizada pela Fundação Elias Mansour.


O coordenador do patrimônio histórico da Fundação Elias Mansour disse que as obras do Depasa já foram liberadas após o salvamento do material encontrado e os Levantamentos estratigráficos realizados pela arqueóloga Cristiane Martins.


“As próximas escavações e obras do Depasa serão acompanhadas pelo Patrimônio Histórico”, garantiu Libério Souza, coordenador do patrimônio.


 


 


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