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Dados atualizados da Associação dos Hepáticos do Acre revelam que no estado 150 mil pessoas têm o vírus da hepatite

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Luciano Tavares – da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com


O número de pessoas infectadas no Acre com hepatites chegou a 150 mil, segundo dados divulgados pelo Presidente da Associação dos Hepáticos do Acre (Aphac), Heitor Macedo Junior. No interior do estado, os números são assustadores. De acordo com o último levantamento feito pela associação, no Vale do Juruá, 16 mil pessoas em Cruzeiro do Sul e regiões vizinhas estão infectadas com hepatites.

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Na região do Purus, em Manuel Urbano e Sena Madureira, os dados são ainda mais preocupantes. “Seguramente entre 30% e 40 % da população a gente calcula que esteja contaminada”, revela Heitor Junior. Isso representa mais de 15 mil pessoas contaminadas com o vírus da doença, num universo de 50 mil habitantes.


Na fronteira com o Peru e a Bolívia, na região do Alto Acre, nos municípios de Assis Brasil, Xapuri, Brasileia e Epitaciolândia, o índice é 15%, para uma população de 48 mil pessoas, o que equivale a 7,2 mil pessoas com hepatites.


“Essa é uma região vulnerável por causa da fronteira com os países onde não há um trabalho eficaz de prevenção. É importante lembrar que a hepatites é também uma doença sexualmente transmissível. Aqui na fronteira entre os peruanos, haitianos e bolivianos há uma variedade muito grande hepatites”, diz o Presidente da Aphac.


Em 2012, de acordo com Heitor Junior, foram comprovadas 46 mortes de pessoas com algum tipo de hepatite.


A entidade que representa os hepáticos no Acre, a Aphac, possui seis mil filiados.


A entidade trabalha em parceria com os órgãos públicos de saúde na prevenção através de campanhas educativas nos locais públicos.  Há ainda na Aphac um trabalho de assistência social com os portadores de distribuição mensal de cesta básica.


A DOENÇA – Grave problema de saúde pública, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.


No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. No Acre a B e a D são as mais comuns.


A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.


As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.

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