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Rio Branco recebe a 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

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Rose Farias


Um total de 37 filmes, incluindo vários títulos inéditos no país, estão na programação da 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que acontece pela quarta vez em Rio Branco, de 10 a 15 de dezembro na Filmoteca Acreana, com sessões às 13, 15, 17 e 19 horas. A abertura oficial no dia 10, data em que se celebra a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Trio Vocal: Clara Paixão, Vanessa Oliveira e Isabel Carvalho fará uma apresentação musical no Memorial dos Autonomistas, às 18 horas. Na sessão de abertura serão exibidos a partir das 19 horas, os filmes: O Cadeado, de  Leon Sampaio (Brasil, 12 min., 2012, fic.),  A Galinha que Burlou o Sistema, de Quico Meirelles (Brasil, 15 min., 2012, doc./fic.), Menino do Cinco, de Marcelo Matos de Oliveira, Wallace Nogueira (Brasil, 20 min., 2012, fic.) e  A Fábrica, de Aly Muritiba (Brasil, 16 min., 2011, fic.).

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Uma realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira/MinC e patrocínio da Petrobras, a Mostra tem o objetivo de celebrar o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948,  exibindo filmes produzidos recentemente nos países sul-americanos, criando espaços para que produtores e demais profissionais do cinema possam divulgar seus trabalhos relacionados aos Direitos Humanos. Apoiam o projeto na capital a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Secretaria de Estado de Educação e Fundação de Cultura Elias Mansour.


Homenagem ao documentarista brasileiro Eduardo Coutinho


A mostra esse ano homenageia Eduardo Coutinho, considerado um dos mais importantes documentaristas da atualidade em todo o mundo. Seu trabalho é reconhecido pela sensibilidade e pela capacidade de ouvir o outro, registrando sem sentimentalismos as emoções e aspirações das pessoas comuns. Os filmes de Coutinho que serão exibidos: “Cabra Marcado Para Morrer” (1984), premiado no Festival de Berlim, “Santo Forte” (1999), um mergulho na intimidade de católicos, umbandistas e evangélicos de uma favela carioca, e “O Fio da Memória” (1991), mosaico sobre a experiencia negra no Brasil a partir da figura de um artista popular. Coutinho tem encontro com o público no dia 24/11, sábado, às 16h30, na Cinemateca Brasileira (São Paulo).


Inéditos no país e no circuito comercail


A programação traz ainda uma série de títulos inéditos no circuito comercial, como os longas-metragens “Hoje”, de Tata Amaral, e “O Dia Que Durou 21 Anos”, de Camilo Tavares. O documentário “O Dia Que Durou 21 Anos” revela documentos secretos que confirmam articulações de governos norte-americanos para a derrubada do presidente João Goulart, seguida pela instauração da ditadura militar brasileira (1964-1985). “Hoje”, por seu turno, aborda reflexos atuais de fatos ocorridos durante essa mesma ditadura e tem no elenco Denise Fraga e o ator uruguaio Cesar Troncoso. O filme foi o grande vencedor do Festival de Brasília, onde acumulou cinco premiações, inclusive de melhor filme e de melhor atriz.


Também inédito comercialmente no país, o colombiano “Chocó”, de Johnny Hendrix Hinestroza, foi lançado pelo Festival de Berlim deste ano e transformou-se em grande sucesso de público: meio milhão de pessoas assistiram ao filme na Colômbia. A obra destaca os problemas do desemprego, do desalojamento e da violência doméstica.


Com sua estreia mundial também promovida pelo Festival de Berlim, o indicado oficial pelo Uruguai ao Oscar de Filme Estrangeiro “A Demora” mostra uma mulher, de família pobre, que não consegue internar seu idoso pai em um asilo e acaba tomando uma atitude drástica. Assinado pelo cultuado diretor Rodrigo Plá, o longa é inédito nas salas brasileiras.


Maior bilheteria de um documentário em cinemas do Equador, “Com o Meu Coração em Yambo” tem sua estreia brasileira na 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. Trata-se da história de uma família colombiana que foge da violência política de seu país e acaba tendo dois de seus filhos sequestrados e desaparecidos no Equador. A filha caçula María Fernanda Restrepo é a diretora do filme e nele realiza uma viagem pessoal misturada à memória de todo um país marcado por sua história.


Longa-metragem inédito no Brasil, o paulista “Último Chá”, de David Kullock, focaliza um solitário que vive em um velho casarão em demolição e cujo filho foi assassinado pela ditadura militar. Bruno Perillo e Antonio Petrim lideram o elenco.


Obras que tratam da  Lei Maria da Penha
Duas obras focalizam a lei Maria da Penha, que alterou o Código Penal Brasileiro, permitindo que agressores de mulheres no âmbito doméstico sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada: o média-metragem “O Silêncio das Inocentes”, de Ique Gazzola, e o curta “Maria da Penha: Um Caso de Litígio Internacional”, de Felipe Diniz. A lei leva o nome da biofarmacêutica cearense que ficou paraplégica após ser baleada pelo marido.

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Em todos os locais há acessibilidade a pessoas com deficiência e as sessões contam com sistema de audiodescrição e de closed caption (voltadas a deficientes visuais e auditivos, respectivamente).


A iniciativa conta com apoio do Ministério das Relações Exteriores, da TV Brasil, da Sociedade Amigos da Cinemateca e do Sesc. As obras mais votadas pelo público são contempladas com o Prêmio Exibição TV Brasil nas categorias longa, média e curta-metragem. A programação tem curadoria do cineasta e curador Francisco Cesar Filho.


Mais informações podem ser acessadas através do website www.cinedireitoshumanos.org.br. 


Serviço


7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul


Rio Branco – de 10 a 15 de Dezembro


Sessões: 13, 15, 17 e 19 horas – Filmoteca Acreana – Biblioteca Pública –


Entrada franca


 


 


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