Jairo Barbosa – [email protected]
De Cruzeiro do Sul
Passaram-se duas eleições, uma para o governador e outra para prefeito, e o Tribunal Regional Eleitoral do Acre, ainda não conseguiu concluir a obra do novo prédio, no bairro Aeroporto Velho, em Cruzeiro do Sul.
O projeto foi iniciado em 2009, e dividido em três etapas; entre uma etapa e outra a os serviços sempre foram interrompidos. A engenheira civil Cícera Dias, chefe da sessão de obras e manutenção de imóveis do TRE/AC, explicou que a divisão em etapas, ocorreu porque o TSE não disponibilizou verba para a construção do novo prédio, e que todos os recursos para a obra, orçada inicialmente em R$ 4,5 milhões, são oriundos de emendas parlamentares.
A construção de fato da obra começou em setembro de 2010 e em abril de 2011 houve a primeira paralisação. Nesta fase foram executados serviços de terraplanagem e infra estrutura. Sete meses depois da primeira paralisação, os serviços foram retomados, já em novembro do ano passado com início da segunda etapa, concluída em julho passado. Neste período foram executados os serviços de alvenaria, cobertura, pisos e outros.
A segunda paralisação demorou cerca de quatro meses, e segundo a engenheira, a previsão é que as obras sejam retomadas na próxima semana, já que a ordem de serviço foi assinada pelo presidente do TRE. Por causa do atraso e a majoração de preços de materiais, o TRE terá que buscar outros R$ 600 mil reais para a aquisição equipamentos imobiliários para finalmente, concluir a obra.
“Entre as etapas tivemos que repetir as licitações porque alguns problemas foram detectados, como a ausência de interessados, por exemplo. Trata-se de uma obra executada com recursos de emendas parlamentares, e isso, infelizmente, também prejudicou o cronograma da obra”, explicou Cícera.
Novo prédio está sendo erguido em local de campo de futebol
Quem não gostou nada da nova construção foram os moradores do bairro Aeroporto Velho, que perderam o único campo de futebol existente na comunidade. Quando a obra foi anunciada, a comunidade até tentou se mobilizar para impedir a extinção do campo que servia para as peladas de fim de tarde e os tradicionais torneios de final de semana, mas a voz dos moradores foi ignorada.
“Se era para fazer uma obra que nunca acaba, melhor era ter deixado nosso campo lá mesmo”, reclamou o motorista Evilásio Moreira, falando do saudosismo da praça de esportes.
Pelo cronograma original, a obra do novo prédio da Justiça Eleitoral já estaria concluída, mas parece que prazo, não é uma das prioridades do TRE quando o assunto é construção civil.
