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Saúde do Acre deixa centenas de pacientes à espera de exame de cintilografia miocárdica

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Roberto Vaz

Jairo Carioca – da redação de ac24horas


A Secretaria de Estado de Saúde do Acre está com uma fila de 130 pacientes à espera de um exame de cintilografia. Uma das razões dessa demanda reprimida é o fato de o Hospital das Clinicas não ter conseguido concluir o processo de licitação de contratação de uma empresa terceirizada para realização do exame. Enquadrado na categoria de alta complexidade, o exame geralmente é feito para diagnosticar problemas cardíacos. A extensa fila obriga os pacientes a recorrer de laboratórios privados e pagar R$ 1.700. Quem não tem como pagar, como o senhor José da Silva Xavier, conta com a sorte. Ele espera por mais de 90 dias por uma solução e já ouviu do especialista que acompanha o seu tratamento que a demora na realização desse tipo de exame pode piorar o estado de saúde ou levar o paciente à morte.


A situação já é quase de desespero. São 63 anos, quase dois deles dedicados à luta contra problemas cardíacos em uma fila que deixou de andar. A solicitação feita no dia 17 de agosto é do médico Fernando Correia. Xavier cumpriu todas as etapas do tratamento, o exame de cintilografia é um intermediário entre o teste de esteira (ergométrico) e o cateterismo. A família não reclama do acompanhamento ao caso, mas do SUS no Acre não cobrir o principal exame que pode custar à vida do paciente. Em casa, onde tem se mantido nos últimos dias, o ancião mostrou a pilha de remédios que precisa tomar para continuar vivo.


“Estou apelando para as autoridades resolver o meu problema, fui tão longe com o tratamento e agora a coisa parou por falta de um exame”, comentou Xavier.


Foi se tratando de câncer de pele no Posto de Saúde do Tancredo Neves que os médicos desconfiaram de uma insuficiência cardíaca de grau discreto confirmado pelo eletrocardiograma realizado pela rede pública no dia 22 de agosto de 2011. O exame ergométrico também foi disponibilizado, no dia 09 de novembro deste ano.


“Agora dependo deste exame para viver”, disse Xavier.


Seringueiro, nascido no Seringal Aliança, casado e pais de sete filhos, Xavier vive de uma aposentadoria do INSS e a família não tem condições de pagar o exame na rede particular.


A assessoria de imprensa da secretaria de estado de saúde confirmou que o exame não é feito pela rede pública e que o governo contrata uma empresa para fazer. Disse ainda, que a última licitação foi prejudicada e o processo não foi concluído.


“Agora vai ser feita uma contratação direta para que possa ser dada a continuidade nos exames. Até semana que vem já haverá uma previsão de quando voltarão a ser realizados”, diz a assessoria.


Ainda de acordo a secretaria, as demandas do Tratamento Fora de Domícilio (TFD) já foram resolvidas em junho e não há ninguém esperando para realizar este exame. 


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