Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com
A denúncia de que agentes de polícia estariam abastecendo as viaturas de uma delegacia de Rio Branco com dinheiro do próprio bolso desencadeou uma série de novas revelações sobre o suposto sucateamento da instituição em todo Acre. Os problemas vão desde a falta de material de expediente e combustível até a deficiência do quadro de agentes para atender as ocorrências nas cidades do interior do estado.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (Sinpol), Itamir Alisson revelou que a situação das delegacias de polícia é critica. “Já há alguns meses, recebemos queixas de profissionais da Polícia Civil que reclamam de falta de material incluindo: copos descartáveis, tinta de impressora, papel e até água para beber”. Alisson falou ainda do problema da falta de combustível para abastecer os veículos, nas delegacias.
Segundo o sindicalista, o racionamento no abastecimento das viaturas, destacado na reportagem de ac24horas, “faz-se comum há algum tempo. Houve uma redução drástica na cota de algumas unidades policiais. Tal redução prejudica o trabalho policial e não se justifica, principalmente, considerado a crescente demanda, pois o combustível é utilizado para efetivação de diligencias policial”, enfatiza.
No interior, de acordo com o presidente do Sinpol, as dificuldades são ainda maiores, agravadas pela distância. Itamir Alisson afirma que muitos municípios dependem do despacho de material por parte do setor responsável em Rio Branco. Estas dificuldades teriam sido constatadas pelo sindicato, que há cerca de dois meses realizou inspeções em algumas unidades do interior, confirmando os problemas.
De acordo com o representante dos policiais civis, os poucos agentes do interior do Estado são chamados para atender as demandas da população mesmo em seus horários de folga. O sindicalista diz ainda, que os problemas seriam de conhecimento dos gestores da Polícia Civil. “Esperamos bom censo por parte da gestão da Polícia Civil que, mais do que ninguém, conhecem os problemas enfrentados pela instituição”.
SITUAÇÃO NAS DELEGACIAS DO INTERIOR
A precariedade das delegacias estaria acentuada nas cidades do interior do Acre. Algumas delegacias estariam a ponto de fechar suas portas pela falta de agentes de polícia. Em Tarauacá, segundo o Sinpol, o delegado solicita há vários meses, através de oficial a Secretaria de Polícia Civil, o envio de um agente para completar o quadro deficitário da unidade de segurança, que não consegue atender a todas as ocorrências.
“Os policiais civis demonstram zelo pela instituição e trabalham de forma voluntariosa, muitas vezes indo além do que lhe exige a legislação e suas atribuições com o objetivo de fortalecer a Polícia Civil e garantir que os serviços prestados à população sejam realizados. Mesmo com este compromisso por parte do agente, os gestores continuam protelando os benefícios, além de não sinalizar com soluções efetivas para o quadro de agentes”, diz Itamir.
O sindicalista reconhece que uma das únicas delegacias que não estariam com problemas no quadro funcional seria a de Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Estado. Itamir Alisson destaca ainda, que “somos de longe, a polícia mais honesta do Brasil e o fato de termos uns dos piores salários do país em nada diminui o empenho e dedicação dos policiais no serviço à população. Falta apenas à contrapartida da direção-geral”, finaliza.
Emylson Farias diz que o concurso resolverá o problema de efetivo e justifica questão do abastecimento de viaturas
Diante das denúncias do presidente do Sinpol, o secretário de Polícia Civil, Emylson Farias admitiu que o quadro de agentes da instituição fosse deficitário e diz que o concurso que acontece nesta semana, será a resolução de todos os problemas de pessoas nas delegacias da capital e do interior do Acre.
Segundo o secretário, serão contratados 250 novos agentes, que serão efetivados em 2013. Em relação ao problema do município de Tarauacá, Emylson Farias afirmou que não só atendeu as demandas do delegado, como mandou a delegacia itinerante, duas vezes à cidade, nos últimos meses, zerando os inquéritos policiais na localidade.
Emylson Farias falou ainda, da questão d abastecimento das viaturas. De acordo com o secretário, a instituição precisa se adequar a um momento de contenção de despesas, que está acontecendo nas instituições do Estado. O secretário acrescenta que a medida é administrativa, para que o combustível seja usado apenas para atender as necessidades da Polícia Civil.
“Realmente, nós promovermos um reequilíbrio. A cota de combustível foi colocada em todas as unidades de Polícia Civil do Estado. Ninguém vai deixar de fazer uma diligência por falta de combustível. O agente faz, extrapola a cota e, depois justifica porque extrapolou. É uma medida reacional e administrativa, para que se usa o combustível para uso policial”, finaliza Farias.
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