Em outubro o deputado Luis Tchê (PDT-AC) insinuou que a “Aleac estaria se apossando de um dinheiro que não é da Casa”. Ontem ele voltou a carga de suspeição sobre os gastos da mesa diretora e usando de sua autoridade ordenou ao diretor geral da casa legislativa de que lhe seja encaminhado copia de todos os pagamentos feitos pelo presidente Élson Santiago nos últimos 60 dias.
O deputado deu prazo de 48 horas para ter em mãos a documentação para uma analise da receita e despesa do poder legislativo. O deputado da base aliada do governo Sebastião Viana (PT) não entende porque a mesa diretora não usa da transparência para evitar suspeita sobre o uso de verbas.
Um dos questionamentos é falta de gestão. Ele acusa Élson Santiago de não querer resolver o problema dos altos juros cobrados pelos bancos a empréstimos para servidores: “As pessoas estão pedindo a suspensão dos pagamentos para discutir quais os verdadeiros valores das prestações e os juros cobrados pelas instituições financeiras. Gostaria que a Mesa Diretora se reunisse com o sindicato para que juntos possam chegar a uma solução”, reivindica o parlamentar.
Por conta dos gastos sem a devida publicação num portal de transparência, em maio deste ano, o procurador chefe do Ministério Público Especial, do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE), João Izidro de Melo Neto, exigiu a prestação de contas dos parlamentares, com os gastos com a verba indenizatória. Mas até hoje os questionamentos continuam sem respostas: quanto ganha um deputado estadual no Acre? Qual o valor de sua verba indenizatória e qual o custo do gabinete de cada um dos 24 parlamentares para a sociedade?
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