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Especialista ensina que morte não é um bicho de sete cabeças

Published by
Thais Farias

Por mais que se queira evitar o sofrimento dos filhos, é inevitável que ele os atinja, mais cedo ou mais tarde. Lidar com as perdas – seja de um familiar, de um conhecido ou mesmo do bicho de estimação – é um aprendizado difícil, porém necessário. No entanto, muitos pais se veem em uma rua sem saída quando esses momentos chegam e não sabem o que fazer para ajudar seus filhos a atravessá-los. Esse é o seu caso? Então confira as dicas da psicopedagoga Debora Corigliano, autora do livro Orientando Pais, Educando Filhos, para tratar do tema:


1) Não esconda
Muitas vezes, o primeiro contato da criança com a morte se dá com a perda do animal de estimação. Alguns pais, com medo de que a criança sofra, acabam substituindo o mascote perdido. “Isso é totalmente errado, pois a criança precisa se preparar para as perdas mais significativas da vida”, diz Debora. A criança deve adquirir a percepção de que tudo acaba um dia. Por isso, o melhor é contar a verdade de forma delicada e cuidadosa, oferecendo conforto.


2) Forneça algo concreto
A morte é muito abstrata até para quem é adulto. Então, é importante dar algo mais sólido para que as crianças possam compreendê-la. Segundo Debora, a decisão de levar os filhos a velórios ou enterros depende da família, sem que haja uma regra. Algumas opções são manter em casa fotos do ente perdido, explicar com tato sobre o que é a morte, falar da morte sob o viés da religião da família e até mesmo recorrer a soluções mais lúdicas, como dizer que aquele que morreu se tornou uma estrela no céu.


3) Dê tempo ao luto
É importante permitir que a criança exprima sua tristeza, sem que se diga para ela não chorar ou reprimi-la. Como explica a especialista, “deve-se respeitar o sentimento da criança, deixar que ela chore, fique triste e sinta saudade”. A criança também deve voltar à sua rotina normal o quanto antes.


4) Observe os sinais
Viver o luto é necessário, mas é preciso estar atento ao comportamento da criança ao longo do tempo para o caso da morte desencadear algo mais sério. Debora cita alguns sinais de que pode haver algo errado, como falta de apetite, febre sem motivo infeccioso em horários diferentes, alteração no sono e choro sem motivo aparente. Quando a criança já frequenta a escola, os pais devem alertar a coordenação e os professores sobre o ocorrido, para que eles estejam alertas a alguma mudança e avisem imediatamente aos responsáveis pelo aluno. Na dúvida, o melhor é sempre procurar a ajuda de um especialista.


 


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Thais Farias

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