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Santos e Demônios!

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Roberto Gaz
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O senador Jorge Viana se especializou em criticar o Judiciário brasileiro. E as críticas do senador petista ocorrem sempre quando o clima é desfavorável a ele ou a quem o cerca. Do contrário é só elogios.


 


Luciano Tavares, da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com


O senador Jorge Viana se especializou em criticar o Judiciário brasileiro.

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E as críticas do senador petista ocorrem sempre quando o clima é desfavorável a ele ou a quem o cerca. Do contrário é só elogios.


Durante a sessão nesta terça-feira, 30, no Senado Federal, o senador acriano, depois de comemorar a vitória de Marcus Alexandre, sobre quem fez repetidas referências em seu discurso, parabenizou a justiça eleitoral, lembrando que o pleito em Rio Branco foi tranquilo.


Jorge Viana parabenizou o desembargador Pedro Ranzi, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, que dois dias após o pleito do 2º turno, em Rio Branco, está em Brasília em busca de recursos para a construção de comarcas eleitorais.


“Quero aqui dizer que hoje recebi a visita do desembargador Pedro Ranzi, que está pleiteando recurso para construção dos fóruns, e o parabenizei”, disse Viana.


Após os rasgados elogios à justiça eleitoral do Acre, o  senador mudou seu discurso e passou a criticar o mesmo Judiciário por causa das eleições de 2010, pleito em que diferentemente do que ocorreu no domingo passado, quando o petista Alexandre derrotou Bocalom, o hoje governador Sebastião Viana perdeu para o tucano na capital.


Em 2010 a justiça em parceria com a Polícia Federal agiu com mão de ferro e exitosa fiscalização durante as eleições.


Mas o que para a justiça eleitoral significa manter a lisura do processo, para Jorge Viana é “meter os pés pelas mãos e ação criminosa”. Sem citar nomes, o petista disse: “Nós vivemos uma eleição terrível em 2010 no Acre. Onde algumas autoridades da Justiça Eleitoral se sentiram acima do bem e do mal. Meteram os pés pelas mãos, agiram fora da lei e, certamente, não vai tardar para responder por terem agido de maneira criminosa. estou me referindo a algumas pessoas que tinham a responsabilidade de conduzir o pleito em 2010. Se sentiram acima da constituição e agiram fora dela. A eleição foi intranquila, foi injusta”, disparou o senador da tribuna do senado, em Brasília.


Naquele pleito, o Presidente do TRE era o desembargador Arquilau de Castro Melo.


As críticas ao senador coincidem com algumas ações policiais e judiciais contra ele durante a campanha de 2010.


Foi durante aquela eleição uma denúncia anônima levou a Polícia Federal a apreender documentos e computadores no comitê de campanha e na casa de Jorge Viana.


Na época, investigadores informaram que havia nos computadores listas com nomes de eleitores, números de títulos eleitorais e respectivas seções em que essas pessoas votariam, o que configura crime eleitoral.


Ao saber da operação, na véspera do primeiro turno, conforme investigadores, Jorge Viana telefonou para a então juíza eleitoral Arnete Guimarães pedindo ajuda para reaver os computadores e impedir que a Polícia Federal analisasse os dados. A conversa foi gravada com autorização judicial.


O fato foi parar no CNJ. Arnete Guimarães ficou sob suspeição e se viu obrigada a renunciar o cargo de juíza.

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Jorge Viana e seu irmão Sebastião Viana saíram eleitos do pleito, mas arranhados com ações judiciais de abuso do poder econômico e uso da máquina pública.


Essa não é a primeira crítica aberta que Jorge Viana faz à Justiça, sempre que interesses seus os de aliados são feridos. Recentemente ele criticou ministros do STF, por causa do julgamento do núcleo petista (José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares) acusado de chefiar o esquema do  mensalão.


Depois de defender seus colegas mensaleiros, o senador do Acre disse: “Só não vale nossos governos indicarem ministros do Supremo e eles chegarem lá e votarem contra por pressão da imprensa”.


Senador diz que referência a fatos
ocorridos em 2010 agride a verdade


“Não foi aprendido um único documento, ou lista de eleitores, ou números de título de eleitor, ou dinheiro nem em 2010 e nem em qualquer outra eleição”, argumenta Jorge Viana.


Senhor Editor,


Tendo em vista, publicação de matéria a meu respeito hoje no site do ac24horas trazendo inverdades sobre minha ação política, em respeito ao povo do Acre e aos leitores, me sinto no dever de repor a verdade e protestar veementemente contra as inverdades publicadas.


Fiz pronunciamento ontem na tribuna do Senado agradecendo a generosidade do povo de Rio Branco com nosso candidato Marcus Alexandre, agora nosso Prefeito eleito. Da tribuna, cumprimentei Marcus Alexandre, o Governador Tião Viana, o Prefeito Angelim, o PT e a Frente Popular pela vitória. E cumprimentei o Desembargador Pedro Ranzi, fazendo questão de parabenizar todos os membros da Justiça Eleitoral acreana pela maneira eficiente, discreta e firme da condução do processo eleitoral em 2012. Fiz ainda uma diferenciação das Eleições de 2012 para as de 2010, onde alguns poucos que tinham o dever de conduzir aquela eleição com lisura e dentro da lei agiram fora da lei para atender interesses nada republicanos.


A matéria quando faz referência a fatos ocorridos em 2010 agride a verdade. Não foi aprendido um único documento, ou lista de eleitores, ou números de título de eleitor, ou dinheiro nem em 2010 e nem em qualquer outra eleição. Igualmente, não houve nenhum tipo de ação na minha residência em qualquer eleição. A digna Dra. Arnete Guimarães não recebeu nenhuma ligação minha e foi uma das maiores vítimas dos criminosos que agiram fora da lei naquele pleito. Este é um processo inconcluso e a Justiça há de prevalecer.


Quanto a um comentário publicado por um blogueiro da Veja, reproduzido às vésperas da Eleição neste site e repercutido agora nesta matéria, distorcendo minhas posições sobre a indicação de Ministros e a atuação do STF, esclareço que elogiei a maneira isenta como o Presidente Lula e a Presidenta Dilma indicaram membros para o STF no país e fiz um registro que foi distorcido. Falei que Ministros nomeados tem que ter absoluta liberdade de nos julgar a todos, inclusive quem os nomeou. Só não pode como alguns tentam exigir de Ministros que, por terem sido escolhidos por Lula e Dilma, sejam obrigados a votar contra eles em qualquer processo para mostrar que são independentes. Juiz não pode nem deve receber pressões de ninguém e suas decisões devem ser respeitadas.


Solicito a gentileza de que, dando o mesmo destaque para que se possa repor a verdade, sejam publicados esses esclarecimentos.


Cordialmente,
Jorge Viana


 


 


 


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