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Polícia Federal faz rondas em Rio Branco para impedir troca de combustível por voto

Dificuldades de transporte do combustível levam preço do litro a R$ 3,10.


Preço elevado transforma combustível em moeda eleitoral, o que é crime.


 


Iara Lemos Do G1, em Rio Branco


A Polícia Federal do Acre reforçou o efetivo de policiais nas ruas da capital, Rio Branco, para combater a oferta de combustível em troca de votos. Desde a última quinta (25), rondas noturnas estão sendo realizadas na cidade para evitar crimes eleitorais.


Neste domingo, Marcus Alexandre (PT) e Tião Bocalom (PSDB) disputam o segundo turno das eleições para a prefeitura da cidade. Segundo a mais recente pesquisa Ibope, Alexandre tem 53% dos votos válidos e Bocalom, 47%.


Em Rio Branco, o litro da gasolina custa cerca de R$ 3,10. A dificuldade logística para levar o combustível para a cidade é apontada como um dos fatores responsáveis pelo preço elevado do combustível, que acaba sendo utilizado como moeda eleitoral. Oferecer qualquer produto ou serviço em troca de voto é considerado crime pela Justiça Eleitoral.


“Há muita distribuição de combustível na cidade. Ontem [sexta-feira], cumprimos dois mandados de busca em postos de combustível. Neste momento, estamos com 100% do nosso efetivo nas ruas para combater esses crimes”, disse ao G1 o delegado Derly Brasileiro, responsável pela fiscalização da PF.


O TRE anunciou que vai oferecer neste domingo (28) 436 veículos para eleitores de Rio Branco que moram longe dos locais de votação. O objetivo do TRE é evitar que os eleitores dos bairros mais afastados da área central se desloquem nos carros de apoiadores de candidatos e sejam constrangidos a votar em quem ofereceu o transporte.


A distribuição de dinheiro em troca de voto também é outra preocupação da polícia. Segundo o delegado, nesta sexta, um homem com cerca de R$ 15 mil foi levado para prestar esclarecimentos e logo depois, liberado pela polícia. O dinheiro que estava com ele foi apreendido, e será encaminhado para a Justiça Eleitoral do Acre.


“A compra de voto desequilibra a disputa eleitoral. É abuso de poder econômico. Se a lei proíbe, a Polícia Federal vai atuar para evitar irregularidades”, afirmou.


 


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