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Eu tenho medo de viver no Acre

Por
Roberto Gaz
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 Eu sou acreano ou acriano como você bem quiser. Nasci e me criei neste rincão da Amazônia com muito orgulho. Sou um jovem jornalista em início de carreira. Vivo dignamente do meu soldo de “pobre operário”. Não preciso –nem quero – vender a minha alma ao diabo para estar nos manjares do rei. Como jornalista independente, algo muito sufocante no Acre, tento exercer a nobre função de ser os olhos e os ouvidos da sociedade.

Nos últimos meses, porém, tenho me preocupado muito com a situação política do Estado e tenho dentro de mim uma sensação de medo, de pânico. Todos nós temos visto coisas abomináveis cometidas pelos homens públicos que conduzem o destino deste povo.


O grupo político que está no poder usa dos métodos mais escusos, sujos e antidemocráticos para se manter na sua zona de conforto. Sabemos que essa gana de permanência no poder não é por conta de um projeto para o benefício do cidadão, mas de satisfação pessoal e daqueles que o cercam –a elite petista que se formou na última década às custas da miséria dos acreanos.

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Temos visto no Acre as mais evidentes afrontas a qualquer princípio moral e ético na administração do bem público. O bem público tem estado a serviço não da sociedade, mas de um partido político. Temos visto violações claras às leis brasileiras, um desrespeito com a vontade popular (vide referendo do fuso horário), a censura à livre circulação de informação e ideias contrárias ao grupo dominante.


Temos vivido uma ditadura da esquerda. Tenho medo de viver no Acre porque se alguém é de oposição pode ser fatalmente eliminado pelo uso do aparelho policial, que hoje está doutrinado (através dos gordos salários) pelo petismo.


Parece que voltamos aos tempos das polícias políticas das ditaduras de esquerda, como na falecida União Soviética e na decadente Cuba. O Ministério Público e o Judiciário estão omissos diante de tantos abusos cometidos em nosso Acre.


Nesse Estado só há um poder: o Executivo. Parlamento? Só de enfeite e para gastar o dinheiro público longe dos olhos do contribuinte. Quem domina as chaves dos cofres define o ritmo da dança dos demais. A imprensa há uma década está acéfala, perdeu sua identidade de denunciar, de fiscalizar, de questionar. Alguma outra voz ali e aqui ainda “clama no deserto”.


O Acre e sua fragilíssima democracia estão em ameaça constante. Não temos segurança jurídica. A qualquer momento você pode ser vítima dos jogos sujo de um Estado aparelhado a serviço do PT. Os empresários são perseguidos e obrigados a contribuir com o caixa do partido em época eleitoral.


Não temos segurança quando falamos ao telefone, não sabemos se nossos e-mails são violados. Os inimigos do Estado estão sob ameaça constante. Extremistas petistas fincados em seus salários realizam campanhas de destruição da honra pela internet sem respeitar princípios mais básicos de civilização.


As oposições vão para as campanhas eleitorais numa luta desigual. O abuso do poder político é evidente. Funcionários do Estado são obrigados a carregar a bandeira do PT sob ameaça de perder gratificações e bônus salariais.


O candidato do PT usa os programas de governo na propaganda eleitoral e logo em seguida as emissoras exibem os comerciais pagos com dinheiro público destes mesmos programas. E a Justiça? Quem dera a Justiça agisse.


Em resumo, nossas instituições estão em frangalhos


A minha esperança está na sabedoria e inteligência do povo acreano, um povo politizado, que já percebeu a decadência moral e ética em que o atual grupo dominante está. Fico feliz ao ver que a oposição ganhou a maioria das prefeituras no interior; fruto da inteligência do eleitor, que não se deixou enganar por ameaças de perda de auxílios do governo federal como o Bolsa Família.


Torço para que o eleitor rio-branquense também possa agir de forma sábia diante da urna. Que veja a falência do discurso do partido único (ditadura) pois os problemas continuaram e até se ampliaram. Que o eleitor vote pela democracia, vote por uma capital e Estado fortes, que vote pela alternância de poder.


Só assim estaremos livres destas mazelas em que estamos mergulhados, colocando um freio naqueles que estão no poder e acreditam que o Estado é deles. A humanidade passou por um longo período de evolução até conceber o atual modelo de República. Que não seja agora em pleno século 21 que um partido político jogue na lata do lixo toda uma concepção de homens e mulheres livres, de um Estado a serviço da sociedade.

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Postado por Fabio Pontes às 09:14 – Blog Política na Floresta
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Roberto Gaz

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