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PCdoB poderá perder mais uma disputa por espaço na Frente Popular

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Roberto Vaz

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


O clima de eleição dominou de vez os debates na Aleac. Se não bastassem as articulações de apoios para a eleição de segundo turno, na cidade de Rio Branco, o presidente da Casa, Élson Santiago (PEN), quer antecipar a eleição da Mesa Diretora para o início de dezembro.


A medida de Santiago pode sinalizar com uma possível quebra de acordo com o PCdoB, que depois de ser preterido na escolha do candidato à prefeitura da capital, poderá mais uma vez fica em segundo plano em uma negociação política dentro da Frente Popular.


O acordo firmado no início da atual legislatura seria que Élson Santiago, então no PP ocuparia a presidência nos dois primeiros anos, e Moisés Diniz (PCdoB) comandaria o legislativo nos dois anos finais. O pacto teve a bênção do governador Sebastião Viana (PT).


No primeiro momento, o governador articulou e evitou o desentendimento na sua base de apoio. A intervenção poderá acontecer novamente, já que sete deputados do PEN iniciaram um plano de ocupação de espaço político no contexto estadual.


O PCdoB que se mantém fiel à cúpula do PT há mais de 20 anos, não vem conseguindo emplacar seus pleitos. Nem mesmo com os deslizes de Santiago, que não é unanimidade entre os deputados, os comunistas poderão ter que se submeter às vontades do PEN.


Élson Santiago justifica a antecipação da eleição da Mesa Diretora da Aleac, afirmando que é uma media para organizar os trabalhos, após o recesso. Do outro lado, os deputados que não simpatizam com a permanência de Santiago, dizem que ele teme o desmonte do PEN.


Apesar de ter sete deputados, o PEN continua sendo visto como a salvação de última hora para deputados que o partido foi para oposição, além de ter pegado a fama de trampolim. Rumores indicam uma debandada da maioria dos mandatários no próximo ano.



Com um discurso moderado, o deputado Moisés Diniz não quis polemizar a questão. Para o comunista, não estaria na hora de discutir a eleição de Mesa Diretora. Diniz afirma ainda, que se posicionará de acordo com as decisões da Frente Popular.


Questionado se ele seria candidato à sucessão de Santiago, o comunista destacou que não poderia responder. Moisés Diniz destacou que nenhuma decisão acontece de forma individual, dentro de sua coligação, que debaterá o assunto no momento certo.


O líder do governo disse ainda, que não existem motivos plausíveis para mudar as regras estabelecidas para a eleição na Aleac. Para o comunista, seus pares não deveriam esperar a decisão do pleito municipal, além de votar as matérias de interesse do Estado.


“Quem decide é a FPA. Não sou candidato quem vai decidir se serei ou não é a coligação. Tudo que posso dizer é que acatarei a decisão que sair em consenso. Caso, Élson Santiago seja escolhido, vou apoiar e pedir votos para ele”, diz Moisés Diniz.


A decisão de Élson Santiago mudará uma regra estabelecida desde a criação do Poder Legislativo do Acre há 50 anos.


 


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