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Censo de animais em reserva do Acre ajuda a combater caça na região

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Roberto Vaz

Armadilhas fotográficas instaladas no interior da reserva extrativista Alto Tarauacá, no Acre, registraram mais de 1.500 animais que vivem na floresta amazônica, sendo que 908 são mamíferos de médio e grande porte de 22 diferentes espécies – algumas ameaçadas de extinção.


As fotos fazem parte do primeiro censo de animais que pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC) e do grupo de pesquisa sobre comunidades tradicionais do Instituto Chico Mendes (ICMBio) realizam no local, com o objetivo de avaliar a criação de uma área protegida de ações como desmatamento e caça predatória, que ameaçam a biodiversidade da região.


De acordo com Rosenil Dias de Oliveira, coordenadora do projeto “Caça de subsistência”, na reserva é possível encontrar espécies como o veado-vermelho, a onça-vermelha, além da anta, o tamanduá-bandeira e a onça-pintada (os três últimos correm risco de desaparecer da natureza).


A investigação científica, que ainda está em andamento, analisa o impacto da caça para subsistência de 348 famílias que vivem no interior da reserva, e quer conhecer melhor como essas pessoas utilizam os animais amazônicos para fins medicinais.


Ela afirma que moradores da área caçam também para extrair dentes de bichos como a queixada e o veado. “A presa da queixada é utilizada para a produção de chás que, segundo a cultura tradicional, curam pneumonia. Já o dente do veado serve para produzir um chá que fortalece o dente de bebês”, explica a pesquisadora.


“Queremos descrever toda essa função cultural, além de mapear a área que funcionará como refúgio das espécies silvestres, colocando restrições para as famílias e aumentando a fiscalização contra a caça predatória”, explica.


A reserva, que tem 1.600 km² (área pouco maior que o tamanho do município de São Paulo), e sofre constantes invasões de moradores da região em busca dos recursos da floresta.


Rosenil afirma que muitos animais são capturados e vendidos, prejudicando o equilíbrio das espécies. Segundo ela, o estudo vai traçar alternativas de como gerir melhor a reserva e quais são as principais áreas que devem receber uma maior fiscalização.


As informações e foto são do portal G1


 


 


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