O presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura Nacional, deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), cobrou nesta quinta-feira explicações detalhadas do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) sobre as causas dos apagões que atingiram todas as regiões do Brasil nos últimos 13 dias. Segundo ele, as panes consecutivas no fornecimento de energia elétrica colocam em xeque a eficiência do sistema.
De acordo com Jardim, diligências do Tribunal de Contas da União (TCU) nas empresas do setor elétrico apontam a necessidade de informações mais detalhadas sobre as providências do Operador Nacional do Sistema para assegurar maior eficiência na prevenção e na segurança ao sistema de distribuição de energia.
Para Jardim, as decisões do CMSE, que acompanha o desenvolvimento das atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, precisam ser mais transparentes.
Desligamento
Nesta quinta-feira, um apagão deixou 70% do Distrito Federal sem energia elétrica. O problema atingiu prédios da Esplanada dos Ministérios e paralisou o metrô de Brasília. Semáforos ficaram desligados, provocando engarrafamentos.
Segundo a Companhia Energética de Brasília (CEB), a luz foi restabelecida duas horas depois da queda, e a causa foi um incêndio em cabos de uma das linhas de fornecimento. Ainda de acordo com a CEB, a queda de energia não está relacionada ao corte no fornecimento de quarta-feira, que atingiu cidades das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além dos estados do Acre e Rondônia, na região Norte.
O deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) criticou as ocorrências e disse acreditar em falhas na manutenção. “Neste ano, já houve dois apagões, o que revela que alguma coisa errada está acontecendo no setor elétrico, possivelmente relativa aos planos de expansão e a questões de geração, transmissão e distribuição de energia”, avaliou.
Já o deputado Fernando Ferro (PT-PE) afirmou ser muito cedo para falar em problemas de manutenção. “Acontecer blecaute está dentro dos problemas que podem ocorrer. Não foram cortes de energia em nível nacional. É evidente que é preciso analisar, mas o fato de ter acontecido em dois dias seguidos não nos autoriza a dizer que há uma falha de manutenção”, disse.
Ferro lembrou que uma série de ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê a ampliação do suprimento do sistema elétrico. “Não há solução definitiva; é sempre preciso atender ao crescente consumo no País, que está em constante crescimento econômico”, argumentou.
Análise
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que recomendou a formação de um grupo de trabalho para avaliar o sistema de produção e distribuição de energia elétrica. Lobão informou ainda que, apesar de o sistema ser confiável, não existe garantia de que não vai haver novamente falta de energia.
“O nosso sistema é bom, firme e forte, mas qualquer sistema do mundo está sujeito a incidentes dessa natureza. Desejamos que não haja esse tipo de acidente, mas não podemos dar uma garantia absoluta de que nunca mais vai acontecer”, afirmou.
De acordo com o ministro, não há relação entre a queda de energia de quarta-feira e a que ocorreu no dia 22 de setembro nas regiões Norte e Nordeste. Segundo ele, apesar de os dois problemas terem começado a partir de falhas em transformadores, a proximidade das duas ocorrências foi uma coincidência: “São episódios que lamentavelmente acontecem, mas não comprometem a segurança geral do sistema elétrico brasileiro”.
Agência Câmara
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