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Tapioca sem sal

Por
Roberto Vaz

Não encontrei outro termo para qualificar o debate da TV-GAZETA com os candidatos a prefeito de Rio Branco. Faltou pimenta. Foram perguntas carimbadas, com lugares comuns, e com respostas óbvias e carimbadas. Em suma, deu sono, e não muda o panorama eleitoral.


 


Só generalidades


Assisti o debate aqui em Cruzeiro do Sul, mas disparei vários telefonemas a Rio Branco para ouvir opiniões, e as respostas não diferiram: uma chatice. Frustrou quem assistiu a xaropada.


 


Tempo precioso


Os candidatos perderam um tempo precioso em ficar jogando pegadinhas uns para os outros, quando deveriam aproveitar o espaço generoso e a audiência para mostrar suas propostas.


 


Muito seguro


Mesmo sendo alvo fixo dos demais candidatos, Marcus Alexandre (PT) se saiu muito bem, mostrou conhecimento da cidade, não caiu nas provocações, faltou a ele ser mais incisivo.


 


Melhorou muito


Marcus Alexandre, de um caipira desajeitado do início da campanha, hoje, impressiona pela segurança no vídeo, parece um profissional com muitas disputas eleitorais nas costas.


 


Não aguento!


Com todo respeito ao Tião Bocalon (PSDB), pelo amor de Deus! Torrou o saco ao citar Acrelândia como exemplo de tudo. Quem o vê falando imagina ser a acabada Acrelândia uma Suiça.


 


Piores noites


Essa não é uma opinião só minha, mas até de assessores mais próximos do Tião Bocalon (PSDB): esteve numa noite negra. Cenho fechado, gaguejou, não fechou raciocínios, enfim, se saiu mal.


 


Esperava mais


Esperava muito mais da performance do candidato Fernando Melo (PMDBV), ser mais provocativo, instigador, principalmente, pelo fato dele não estar polarizado na dianteira.


 


Projeto palafita


Também eu fui muito otimista em querer algo mais do Fernando, cujo principal projeto é financiar a construção de palafitas para os que residem em áreas alagadiças da cidade.


 


Tecnologia nova


Fiquei curioso em saber como colocaria palafitas nas casas em alvenaria dessas áreas.


 


Equivalência na generalidade


Trocando esse debate em miúdos, foi um festival de generalidades.


 


Não emendou


A candidata Antonia Lúcia (PSC) não conseguiu emendar um raciocínio. A professora Peregrina (PSOL) não ficou atrás. Leôncio Castro (PMN), poderia se dizer que, foi o menos ruim dos três.


 


Enviado de Deus


Ontem fui a um comício do candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul, Henrique Afonso (PV). Faz um discurso messiânico, como se ele tivesse sido ungido por Deus para administrar a cidade.


 


Àgua para o mundo


Me chamou atenção uma promessa sua. Só acreditei por ter ouvido: comercializar água mineral do aquífero de Cruzeiro do Sul para todo o Brasil. E depois ele não quer ouvir críticas?


 


Conversas amplas


Nem conversei com o  Vagner Sales (PMDB) para evitar qualquer influência sobre como anda a  campanha. Mas conversei com muita gente. Dificlmente ele perde. Opinião majoritária ouvida.


 


Discursos diferentes


Enquanto Henrique Afonso (PV) tem um discurso rebuscado, prolixo, com citações bíblicas, Wagner Sales (PMDB) é o contraponto, sua fala é mais povão, com expressões populares.


 


Fofoca de política


A fofoca política dos adversários do Vagner Sales é que ele só usa camisa verde na campanha, por recomendação de um Pai de Santo. Verde é a cor do orixá Oxóssi, a divindade das matas.


 


Abraçou, fisgou!


Os adversários dizem que por essa camisa verde ser consagrada a Oxóssi, quem o abraçar vota nele. É esse tipo de folclore que torna alegre as eleições cruzeirenses, e eu,aqui,  me divirto


 


Perda de tempo


A deputada federal Antonia Lúcia (PSC) vai perder tempo e dinheiro com advogado ao pedir a cassação do mandato do deputado Denilson Segóvia por ser filiar ao PEN. Foi um ato legal.


 


Festival de burrice


O debate da TV-GAZETA serviu para coroar o festival de burrices da oposição ao longo da campanha. Escolharem um alvo errado: o governador Tião Viana, que não é candidato a nada, e em alta popular em todas as pesquisas. Outra burrice: bater no “Ruas do Povo”, de ampla aceitação. Tinham mais que se ferrar. Como diz o ditado: “quem é burro, morre pastando”.


 


Por Luis Carlos Moreira Jorge


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Roberto Vaz

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