As críticas de Fernando Melo ao mensalão do PT, durante o debate da TV Gazeta, na segunda-feira, 01, incomodou a cúpula do partido no Acre.
Em resposta ao candidato a prefeito de Rio Branco pelo PMDB, os caciques petistas escalaram o presidente da Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores, André Kamai, para defender a sigla dos ataques de Melo, durante a propaganda eleitoral gratuita da TV.
“Não aceitamos que logo o Fernando Melo faça campanhas atacando o PT. Logo ele que teve tanta ajuda do PT. Ele foi secretário nos governos do PT, na prefeitura e no estado, e teve ajuda das legendas do PT para se eleger deputado estadual e federal. Agora Fernando Melo fala do mensalão. Mas na época do escândalo ele era deputado federal. Estava lá, no centro do mensalão. Podia ter denunciado e até ajudado a punir os culpados. Mas o deputado federal Fernando Melo não deu um piu contra o mensalão! Por que será? Se Fernando Melo é tão ingrato com um partido e as pessoas que mais ajudaram ele, vai ser fiel ao voto de quem?”, conclui André Kamai.
No debate da TV Gazeta, Fernando Melo disse que Jorge Viana admitiu a existência do “maior esquema de roubalheira já visto na República”, quando no Senado em debate com o senador tucano Álvaro Dias disse que o esquema começou com o PSDB de Minas Gerais.
Ainda em nota ao ac24horas, o peemedebista respondeu: “Fui do PT durante 15 anos. Sempre mantive a fidelidade partidária como principio inabalável. Porém, nunca fui e nunca serei pau mandado de nenhum dirigente e muito menos de qualquer cacique. Pessoas com minhas características dentro do PT não são bem vistas. Com isso fui perdendo o sentimento de fazer política com amor e dedicação como sempre gosto de fazer. Assim, minha saída foi inevitável. Pedi desligamento com sentimento do dever cumprido do inicio ao fim. Não devo nada ao PT e o PT não me deve nada, sempre digo e agora repito. A direção do PT municipal de forma eleitoreira e bem ao gosto de alguns caciques tenta confundir o eleitor ao tentar me colocar na qualidade mensaleiro omisso”.
Luciano Tavares, da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com