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O glamour não morreu

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Roberto Gaz

Estou em Cruzeiro do Sul. Aqui, há um fato na campanha que difere da Capital.  Há comícios diários, inclusive, nos domingos, e lotam, dando glamour à disputa. Sem o tacão da justiça eleitoral, o candidato fala o que quer, cara a cara com o eleitor.  E com direito ao bêbado na platéia.


Sem pauterização


O comício mostra os candidatos sem a maquiagem dos estúdios, sem as falas programadas pelos marqueteiros e, sem a pasteurização do vídeo, permite ao eleitor uma melhor avaliação.


Como exigir


O nível dos candidatos a vereadores é sofrível. Raros se salvam. Mas em Rio Branco não é diferente, a maioria dos candidatos também é de tranqueiras . Mas, são bem divertidos.


Musa da campanha


No palanque do outrora evangélico radical Henrique Afonso (PV), hoje mais para riponga, e que, para pedir votos dança do axé ao pagode,  a atração principal é o travesti Valdete (PSDC).


Grande Cariri!


No palanque do Vagner Sales (PMDB), mais conservador, reencontro o velho Cairiri, de origem no velho MDB, disputando novo mandato de vereador (tem vários) e com chance de reeleição.


Matusalém, perde!


Para se ter uma idéia da logenvidade do Cariri, conta o Osmi Lima ter seu filho caçula 59 anos.


Opinião isenta


Costumo antes de emitir uma opinião ouvir os diversos lados da disputa. A dedução a que chego é que o prefeito Vagner Sales (PMDB) deve se reeleger, mas, qualquer outro perderia.


Pesa muito


Pesa muito numa campanha o fato de Vagner Sales ser um prefeito bem avaliado, estar com a máquina na mão e ser um político que conhece cada igarapé e cada viela de Cruzeiro do Sul.


Começou do zero


O fato negativo do Henrique Afonso (PV) é ter começado do zero, sempre fez uma campanha elitista, nos meios evangélicos, e pela primeira vez busca os votos dos grotões e dos igarapés.


Deu sorte


E deu sorte em pegar um vice jovem, antenado, que mesmo sendo candidato pela primeira vez, soma mais que tira votos, principalmente, na juventude, o Marcelo Siqueira (PT).


Diferença fundamental


Há uma diferença que reflete na campanha aqui em Cruzeiro do Sul. O candidato Henrique Afonso (PV) é evangélico messiânico, já Vagner Sales (PMDB) é mais pragmático, pé no chão.


Duas opiniões


Disparei ontem telefonemas para dois dirigentes, um da FPA e outro do PSDB. Suas opiniões retratam a confusão da campanha à PMRB: todos crendo que ganharão no primeiro turno.


Nem pensar


E todos eles dizendo ter pesquisas em mãos que confirmam a performance de seus candidatos. Por essa e por outras é que se recomenda cautela com as pesquisas na Capital.


Eleição equilibrada


Essa opinião é mais da observação, das conversas com populares, não tem nada de científica: Marcus Alexandre (PT) cresceu muito e fará uma disputa equilibrada com Tião Bocalon (PDB).


Não creio


Posso ser desmentido pelas urnas, mas, continuo não crendo em decisão de primeiro turno.


Favorito disparado


Em Porto Walter o favoritismo é disparado do candidato Zezinho Barbary (PMDB), só um grave acidente de percurso nesses últimos dias de campanha lhe tira a vitória.


Burrice congênita


A oposição sofre de burrice congênita. Essa briga em Porto Acre, entre os candidatos Carlinhos (PSDB) e Bené Damasceno (PMDB) favorece o prefeito Zé Maria (PT), que disputa a reeleição.


Tirou do buraco


O Zé Maria (PT) é um dos piores prefeitos da atual safra, não teria a menor chance se a oposição estivesse unida, mas dividida, ninguém se admire se ele faturar a reeleição. 


Boa descolada


Em Assis Brasil o candidato a prefeito do PSDB, Dr. Betinho, deu uma boa descolada da candidata Eliane Gadelha (PT), mas que não pode ser relevada por ter a máquina na mão.


Afunilado


No PSDC, o candidato a vereador Rodrigo Beirute, centrado em uma campanha de muita organização e estrutura, chega na reta final como favorito a uma das duas vagas do partido.


Sem favorito


No PT a disputa das duas vagas é sem favorito entre Marcelo Macedo, Gabriel Forneck, Irailton, Aline Braga, Ismael Muniz e Socorro Lima. A surpresa é o novato Marcelo Macedo.


Histórias do Juruá


O Juruá tem histórias cômicas. Uma delas, comandadas pelo Osmir Lima. Foi, talvez, o maior emprenhamento de urnas do Brasil. Osmir conseguiu que, na urna de Marechal Taumaturgo, com 460 votos desse o resultado: Nabor Junior ao governo 460 votos. Mario Maia Senado 460 votos. Osmir Federal 460 votos e Vagner Sales Estadual 460 votos. Duvidam? Está nos anais.


Por Luis Carlos Moreira Jorge, de Cruzeiro do Sul


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