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Megaoperação treina Forças Armadas no Acre e em mais três estados da Amazônia

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A Amazônia Brasileira é palco, até o próximo dia 28, de uma ação de aprimoramento do trabalho integrado da Marinha, Exército e Aeronáutica. As três Forças buscam uma atuação mais eficaz em casos de conflitos no ambiente ribeirinho e de selva. Cinco mil homens participam do exercício militar nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Acre.


De acordo com o Ministério da Defesa, uma das etapas feitas na Operação é o ‘desembarque ribeirinho’. A ação simula a reconquista de um território por fuzileiros navais, que, por meio de Lanchas de Ação Rápida, são transportados até as margens dos rios, onde fazem a ‘retomada” da área de posse do inimigo. A ação ocorrerá nesta quarta-feira (26), conjuntamente com as três Forças em Paricatuba, e com a presença do Ministro da Defesa, Embaixador Celso Amorim


De acordo com o comandante da Força Naval Componente, vice-almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, o exercício conjunto será o de maior integração da Operação. “Recebemos um Batalhão de Infantaria de Selva, do Exército Brasileiro (EB), que fará a substituição dos Fuzileiros Navais após o desembarque e retomada do território. A atuação se reveste de uma característica que entende completamente a atuação conjunta. Estaremos trabalhando com a Marinha e com o apoio aéreo da Força Aérea. Esse será o elemento mais complexo de coordenação de uma Operação Conjunta”, explicou o Almirante.


No dia 20, a Força Conjunta de Operações Especiais, subordinada ao Comando do Teatro de Operações, realizou uma atividade que requer treinamento e acerto de procedimentos por parte de integrantes do Exército e da Força Aérea. O lançamento de carga, por meio de aeronave, exige coordenação e precisão, para que o suprimento não caia em mãos erradas. A carga precisa estar no lugar combinado e no prazo pré-estabelecido. Para que nada dê errado, é necessário perfeito entendimento entre a tribulação e os responsáveis pelo procedimento de lançamento da carga.


Outro treinamento foi o reabastecimento em voo. Esta é a única situação em que o avião entra em contato com outro durante o voo. As aeronaves reabastecedoras decolaram do Rio de Janeiro e de Porto Velho, em Rondônia, para missões de treinamento nas proximidades de Tefé, no Amazonas. Do Rio de Janeiro decolaram caças A-1 do Esquadrão Adelphi, e sua aeronave reabastecedora, um KC-137 do Esquadrão Corsário. De Porto Velho, decolaram aviões F-5, do Esquadrão Pacau e um KC-130 do Esquadrão Gordo.


Além de exercícios militares, serão feitas ações de apoio médico e odontológico às populações isoladas localizadas ao longo dos rios Solimões, Purus e Juruá. A expectativa do governo é que pelo menos 3 mil pessoas sejam atendidas.


A Operação Amazônia 2012 é o décimo exercício desse porte feito na região desde 2002. Até dezembro deste ano, estão programadas ainda ações conjuntas no Centro-Oeste e em áreas de fronteira nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, além de uma operação nas águas das regiões Sudeste e Sul.


Ambiente de treinamento


Desde 1967, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) é responsável pelo planejamento e condução do Curso de Operações na Selva. A atividade, que se divide em três fases, permite que o militar aprenda a combater neste ambiente operacional.


Na primeira fase são ministradas técnicas de sobrevivência na selva, que é o básico para nela atuar, permanecer e resistir. Na segunda, inicia-se a fase técnica de operações militares, onde são realizados, dentro da selva, tiro, orientação, navegação, emprego aeromóvel, dentre outras atividades. Por fim, na terceira fase, os alunos realizam patrulhas e exercícios, nas diversas áreas de instrução do CIGS, para atuar na defesa territorial brasileira, como em operações de combate convencionais e de resistência.


Dentro desse contexto, o Centro conta com uma Divisão de Ensino, que está subdivida em Seção de Operações na Selva, responsável por montar as atividades e o quadro de trabalho do Curso, e a Seção Técnica de Ensino, que dá o suporte pedagógico, baseado nas diretrizes do Departamento de Educação e Cultura do Exército.


O CIGS possui, ainda, um zoológico, que teve sua criação idealizada para familiarizar a instrução dos militares com a fauna da região e tornou-se, hoje, o segundo ponto turístico mais visitado de Manaus. Em números, este zoológico possui mais de 200 animais, divididos em 60 espécies, oriundos somente da fauna da Amazônia e recebe cerca de 6000 visitantes diariamente. Destaca-se, também, pelo seu centro veterinário, que passou a ser referência na Região Norte.


A Operação Amazônia 2012, que acontece de 17 a 28 de setembro, tem como objetivo treinar de forma conjunta as Forças Armadas na Região Amazônica.


*Com informações do Portal Amazônia


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