A demora para a realização de um exame de insanidade mental foi o que levou a revogação da prisão preventiva de Antônio Carlos Maciel Cordeiro e José Maria Marques da Silva, acusados de matarem em outubro de 2009, o sargento da Polícia Militar, Francisnato de Moura Silva. O processo chegou a ficar suspenso à espera do laudo que até hoje não foi realizado.
Segundo a decisão do juiz, Wagner Alcântara, houve excesso de prazo na instrução processual, pois os acusados estavam há quase três anos na condição de presos provisórios, não sendo culpa nem deles nem da defesa. A própria justiça pediu por várias vezes explicações das unidades de saúde e do médico responsável pela realização do exame, mas não obteve resposta.
A dupla é acusada de homicídio qualificado pela morte do policial que era considerado um dos mais operacionais e dedicados à profissão no Batalhão de Cruzeiro do Sul. O sargento Francisnato que integrava o grupo COE foi alvejado no pescoço com um tiro de espingarda. Ele fazia a segurança de uma equipe do ICMBio no Rio Liberdadem quando foi chamado para atender uma ocorrência sobre violência doméstica.
Antônio Carlos Maciel Cordeiro escondeu o amigo que era procurado pela polícia, dentro de casa e se encarregou de disparar contra o policial que se aproximava. A defesa do autor do disparo alega que ele sofra de problemas mentais. A princípio, os acusados só retornam ao presídio após o julgamento, caso sejam condenados, a menos que voltem apresentar motivos que justifiquem a prisão preventiva.
*Com informações do Site Juruá Online