Em entrevista a uma emissora de TV de Cruzeiro do Sul, o promotor eleitoral da 4ª Zona, Iverson Bueno, admitiu que existe um alto índice de crimes eleitorais, principalmente nos municípios mais isolados do Juruá. O membro do Ministério Público declarou ainda que a impunidade é grande por conta da pouca estrutura de combate e se agravou com a greve da Polícia Federal.
“A impunidade é muito grande aqui, a corrupção é grande nos cinco municípios, tem um promotor para 501 candidatos. Como é que eu vou subir um rio para saber o que um candidato está fazendo? A geografia da região dificulta. Quando saio para outros municípios, aqui (Cruzeiro) fazem a festa e assim vice e versa”, diz.
Iverson Bueno revelou que esteve em Mâncio Lima onde identificou várias residências de pessoas carentes com areia, tijolos e barro encostados para construir, sem que apresentem a menor condição financeira para que pudesse adquirir o material. “A pessoa não ganha nenhum salário mínimo, não tem muitas vezes o que comer e está lá com esse material. Qualquer pessoa que está construindo sabe quanto é caro. Então é óbvio que a gente identifica, mas quando pergunta a origem, eles inventam as histórias mais absurdas possíveis”, conta.
Iverson Bueno disse que o problema é grave, principalmente com greve da Polícia Federal. “A meu ver, a greve está pendendo a contribuir com a corrupção em todo País, porque a Polícia Federal é a legítima em combater os crimes eleitorais e eu estou sem o apoio dela. Só que a greve é um direito constitucional”, afirma.
Com informações de Juruá Online
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