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Jailton Condack, líder de invasões na Amadeo Barbosa é preso e condenado por pedofilia

Por
Roberto Gaz

Jairo Barbosa – jbjurua@gmail.com


No dia 26 de abril de 2011, a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa recebeu em audiência uma Comissão de pessoas que se diziam moradores da área que pertence ao empresário Jimmy Barbosa, conhecida como Avenida Amadeo Barbosa, antigo ramal da Judia. O líder do grupo na ocasião era Jailton Condack Camilo, de 54 anos, que liderou as invasões e segundo consta, montou um forte esquema de venda ilegal de lotes na área.


Desde a invasão, Jailton Condack, que também se apresentava como líder de uma igreja evangélica, passou a comandar um negócio irregular onde vendia  sempre á vista,  sem emitir qualquer documento de posse, como todo estelionatário age, terrenos na propriedade da família do empresário. Em pouco tempo ele construiu um condomínio em alvenaria e ao lado sua casa, com o dinheiro que levantou com a venda das terras alheias.


Com tanta terra para invadir, Jailton Condack logo dividiu a área, e anexou para si, as áreas localizadas ás margens do antigo Ramal e as margens da nova Avenida, que supervalorizou os terrenos. Por meio de seus advogados, o empresário Jimmy Barbosa tentou, além de constar já uma ação de reintegração de posse na justiça, uma outra medida de Revigoramento de uma  liminar de uma área que não tinha sido invadida  e referente a 14 pessoas que estavam iniciando suas construções. É nesse momento que Jailton sentiu que seus interesses poderaim ser afetados e espalhou em toda a área: “Vão começar por essa área do Revigoramenteo e vão continuar, logo depois, com a retirada de todos voces….”. É assim, que espalharam a absurda ideia de que estariam sendo  retiradas mais de duas mil familias e o que é bem pior, as instituiçõs acreditando num falsário e estelionatário. Mas o processo ainda está em fase de análise. Para se ter uma idéia de como o invasor temia as investidas da justiça, ele arquitetou um ‘carnaval”, fechando a Avenida Amadeo Barbosa, e envolveu os órgãos públicos que foram induzidos a apoiar um movimento falso e que tinha como pano de fundo, defender as invasões comandadas por Jailton.



Enriquecimento ás custas da venda de terras da família Barbosa


Foi incentivando as invasões na área que logo viu-se  o enriquecimento meteórico de Jailton Condack ás custas da venda de lotes da família. Cópias de contratos de compra e venda confirmam o negocio ilegal. Fotografia aéreas mostram os locais invadidos e os lotes privilegiados que Jailton tomou de assalto. O falso líder religioso construiu em tempo recorde um condomínio em alvenaria onde aluga apartamentos e ao lado, levantou uma casa em alto padrão, também com dinheiro da venda dos lotes. Fontes seguram comprovam que a ação criminosa rendeu um grande patrimônio para ele e para outros invasores identificados. Os invasores alegaram, na defesa emitida á justiça, que pertencem a classe de excluídos sociais, mas as casas erguidas no terrenos mostram o contrário. Há mansões e chácaras avaliadas em valores altos. Pelo que apurou a reportagem, e sendo que se trata de uma area que está bem próxima do centro, está na hora de se iniciar uma profunda investigação com relação a esse tipo de ações ilegais, bem como proceder com minuciosa avaliação das fichas criminais  dos líderes da invasão da área.



Nome de ruas homenageia parentes


Jailton Condack definitivamente se julga o dono das terras que invadiu, tanto que ele mesmo colocou nome nas ruas que rasgam o novo bairro. Batizado de Canaã, o bairro tem uma avenida principal que foi batizada de Avenida Dorval Camilo, pai do invasor. Isso, numa flagrante falta de respeito com a Prefeitura e Câmara Municipal. Por exemplo, na travessa que dá acesso á casa do suposto líder religioso existe a Travessa Condack, uma homenagem que Jailton fez a si próprio.


 



Prisão e condenação por pedofilia


Na última sexta feira(31), a máscara do homem que vivia na comunidade acima de qualquer suspeita, caiu. Jailton Condack Camilo foi preso por policiais do Grupo de Capturas por determinação do Juiz da Infância e Adolescência. O suposto líder religioso e comunitário era foragido da justiça e foi condenado a oito anos de prisão por estuprar uma sobrinha de  7 anos. O processo corre em segredo de justiça, mas a verdadeira identidade do homem que se apossou das terras de uma família, não é mais segredo pra ninguén.


Espera-se que este caso não seja mais um dos “blindados” e jogados ao esquecimento.


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Roberto Gaz

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