Na manhã de terça-feira (11) os vereadores afastados, Gilvan Freitas (PMDB) e Francisco Ribeiro (PSD) foram interrogados durante audiências realizadas na Segunda Vara Criminal, da Comarca de Cruzeiro do Sul, onde respondem a processos distintos por crimes de responsabilidade.
Os dois parlamentares foram presos em flagrante, pela Polícia Federal, em abril deste ano. Gilvan passou mais de um mês no Presídio Manoel Néri da Silva e o outro parlamentar, só conseguiu deixar a cadeia, depois de quase dois meses. Gilvan responde processo pelo crime de concussão (exigir vantagem indevida se aproveitando da função que exerce). Ribeiro foi denunciado por peculato (apropriasse de bem ou dinheiro público).
Uma das testemunhas ouvidas nas duas audiências foi o delegado Milton Rodrigues da Polícia Federal, que também foi responsável pelos flagrantes. O delegado estava em missão fora do estado e veio para depor nas audiências de instrução.
O vereador Francisco Ribeiro chegou ao Fórum com a bíblia nas mãos e não quis falar com a imprensa, apenas replicou as indagações dizendo: “Quem não tiver pecado atire a primeira pedra”. Ele falou pouco em seu depoimento, mas admitiu o recebimento do dinheiro que deveria ser destinado ao pagamento de uma assessora.
“O vereador Gilvan Freitas negou os fatos, disse que houve um recebimento de valores, mas foi por livre e espontânea vontade de seu assessor, que quis lhe ajudar. Ele comentou que o assessor fez um empréstimo elevado e repassou R$ 3 mil pra ele”, disse o promotor do caso, Iverson Bueno.
O advogado dos vereadores, João Tota Filho disse que vai aguardar as alegações finais do Ministério Público para que possa montar a tese de defesa. “Os depoimentos não trouxeram fatos novos, foi tudo dentro daquilo que esperávamos no desenrolar do processo. Foram bastante positivos tanto os interrogatórios como os depoimentos que ocorreram na conclusão da instrução do processo”, disse o advogado.
Os parlamentares estão afastados da função temporariamente por determinação da justiça. De acordo com o Ministério Público, em caso de condenação, os vereadores podem ficar inelegíveis por oito anos.
*Com informações do Site Juruá Online
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