Recentemente publiquei um artigo -“Negar a Cristo – A Síndrome da Identidade Cristã”, que expressa o pensamento cristão sobre política, e fui criticado por alguns que se sentiram atingidos em seus ideais, e que ao invés de discutirem minhas ideias, atacaram minha personalidade. A pobreza dos argumentos deles, revela a inconsistência de suas ideias. Homofóbico, retrógrado, fundamentalista, sem ética, terrorista religioso entre outros foram os adjetivos utilizados por essas pessoas que sem escrúpulos, tentaram macular nossa imagem de representante cristão.
Esse negócio de dizer que pastor tem de tomar conta do rebanho e separar Igreja do Estado tem sido mal interpretado, pois tanto o Pastor como o rebanho pagam seus impostos, tem seus filhos na escola, precisam de serviços públicos tais como: segurança, saúde e educação, e que, diga-se de passagem, é dever do estado realizar tais serviços, portanto, é dever do pastor orientar o rebanho quanto a conscientização política; “em quem votar e porque votar”. Investido nessa obrigação, Faço uso de meu direito de expressão, garantido pela Constituição “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.” (Constituição Brasileira, Art. 5. IX).
Não ataquei a nenhuma personalidade, procuro manter a discussão no campo das ideias. Como pastor tenho a obrigação de orientar a qualquer um acerca das melhores opções políticas segundo o pensamento cristão. Ideologia é o que debatemos. Portanto, as manifestações do pensamento devem ser produzidas no momento oportuno. Falamos de Natal em Dezembro, falamos de Pascoa em Abril, falamos de política em época de eleição.
A apologética cristã, (e quando digo cristã não me refiro somente aos evangélicos, mas também aos católicos, que comungam com os princípios da ética e da moral defendida pela Igreja cristã), invoca uma postura baseada nos princípios dos ensinamentos de Jesus. Esses ensinamentos combatem contra a corrupção que atinge e deforma o caráter do ser humano, que em sociedade manifesta sua cultura e padrões morais.
Ficam chocados aqueles que andam desordenadamente, pois, são os únicos que se ressentem dessa exposição. “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”. (Jo 3.19-21).
Quando falamos dos problemas mais graves que afetam a moral de nossa sociedade, seja aborto, seja homossexualismo, nos chamam de retrógado, ou homofóbico, atribuindo aos religiosos uma conduta incompatível com a profissão de fé. Querer atribuir uma interpretação diferente à declaração de uma verdade irrefutável, é fazer espetáculo com a miséria dos outros. Nosso pensamento não é homofóbico no sentido da pessoa humana, pois esse é o alvo do evangelho, mas nossa repulsa é contra a prática do homossexualismo. De outro modo, estaríamos também acusando Deus de homofóbico, e teríamos de suprimir os texto bíblicos que fazem menção do fato (Lv. 18.22-30; 1 Tm 1.9,10; 1 Co. 6.9,10; Rm 1.21-32; Ap 22.15) – QUE REPRESENTEM ELES CONTRA DEUS.
Recentemente, o Pastor Silas Malafaia foi processado por causa de suas falas contra a passeata gay, que entre suas manifestações, todo o tipo de obscenidade se pode observar, e não vi ninguém sair em defesa da moral e dos bons costumes sem ser chamado de homofóbico, e a decisão judicial foi favorável ao pastor como consta da publicação da revista Veja com o título “Vitoria da liberdade de expressão – Juiz extingue ação contra pastor Malafaia e deixa claro: ele não foi homofóbico, e a Constituição não comporta a censura sob nenhum pretexto”
acesse o link: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/vitoria-da-liberdade-de-expressao-%E2%80%94-juiz-extingue-acao-contra-pastor-malafaia-e-deixa-claro-ele-nao-foi-homofobico-e-a-constituicao-brasileira-nao-comporta-a-censura-sob-nenhum-pretexto/
As Igrejas estão cheias de ex-homossexuais, ex-prostitutas, ex isso ex aquilo, pois uma de suas ações mais contundentes é a transformação do caráter de todo o tipo de desajustados, e a inserção desses na sociedade. Existem muitos testemunhos nesse sentido. Em respeito a essas pessoas, que já foram alcançadas pelo evangelho e que tiveram suas vidas transformadas omitirei nomes, e isso sim, por uma questão de ética. Alguns falam de ética sem saberem o que significa. Ética é regra, e a ética do protestante é protestar. Quando ele deixa de protestar é porque esta conivente com o sistema que o cerca.
Portanto, mantendo a ética cristã, vejo-me impelido a denunciar publicamente tudo o que vai contra os princípios cristãos. Incitar a opinião pública contra pastores ou ideologias religiosas por conta de suas manifestações, como observamos recentemente por alguns, representa uma fobia contra o cristianismo. No sentido expresso da palavra, apesar de não constar nos dicionários da língua portuguesa, podemos chamar essas reações de religiofobia, crentofobia, evangelicofobia, ou, cristofobia. Já que fobia etimologicamente vem do grego “phobos” e significa “medo” “pavor”, “terror”,“aversão”, ou seja, medo do evangelho, medo do crente, medo do religioso, medo de Cristo. Se homofobia popularmente significa discriminação contra o homossexual, qualquer insinuação contra o evangelho ou contra o religioso quando este manifesta suas opniões, também se caracteriza uma falta penal. Nesse aspecto, quero silenciar aqueles que se indignaram por ouvirem essa verdade.
Fica impossível separar o comportamento de nossa sociedade do que ensina a palavra de Deus. Aliás, a Constituição brasileira tem como fundamento na elaboração de suas leis, interpretações sobre direitos e deveres, em grande parte, expressos nas Escrituras Sagradas. Portanto, dizer que o estado é laico é um fato legal, está na lei, mas na prática, a influência do cristianismo é grande, pois faz parte da cultura religiosa de nosso país. Afinal 90% dos brasileiros são cristãos. Ser Laico significa não ingerir nas questões religiosas. Não podemos pedir que um cristão não espere de seus representantes eleitos uma ação segundo sua fé. É exatamente aí que mora o perigo quando escolhemos nossos candidatos.
No Brasil, o mandato não é do representante. O mandato é do partido. Interessante é que o fato só é divulgado quando o mandatário quer votar algum projeto segundo sua consciência. Se for contra a orientação do partido, ele pode ser expulso e perde o mandato. Isso já aconteceu, vocês lembram?
Por isso eu reitero. “Conheça a ideologia do partido de seu candidato. Se ela for diferente da sua, cuidado! Você pode ser conivente com aquilo que você não concorda.
Algumas dessas leis que estão tramitando no Congresso Nacional tais como PL 122 (deputada Lara Bernardi – PT-SP); PL 1151 (de autoria da deputada Marta Suplicy PT-SP); entre outras, reflete a frouxidão moral que se percebe entre os parlamentares que se comprometem em defender aquilo que é contestado tanto cientificamente, como, biblicamente. A definição de dois gêneros é identificada pelos cromossomos “XX, XY”, “macho e fêmea”. A promulgação de algumas leis que garantam o direito de opção sexual, torna o direito legal, mas nem por isso deixa de ser imoral. Não posso deixar de citar o texto de advertência em apocalipse 22.10-13
“E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro”.
Como orientador cristão, não posso me omitir de alertar a todos os que defendem a fé cristã a escolherem candidatos que se comprometam com a moral e os bons costumes, além de verificar se os ideais do partido pelo qual ele concorre são coerentes ao que ele espera fazer.
É isso que esta incomodando, e para disfarçar, nos chamam de terroristas, que usamos a palavra de Deus para assustar os outros e coisas do gênero. Não nos sentimos ofendidos quando nos identificam com tais adjetivos. Por falar a verdade não seremos punidos. Aos insurgentes contra essas ideias, recomendo: “Não se esforcem em convencer a opinião pública de que eu estou errado, mas, tentem convence-los que de vocês estão certos”.
Ao público em geral, recomendo a leitura do livro “República de Platão” em especial “O Mito da Caverna”. Garanto que será uma leitura saudável.
Pr Paulo Machado – Escritor e Profº de Teologia