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“Se os fatos estão contra mim, pior para os fatos”, leia artigo de João Bosco Rabello sobre arrogância do PT

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“Se os fatos estão contra mim, pior para os fatos”. Ironia da espirituosa safra de Nelson Rodrigues, dela se apropriou o presidente do PT, Rui Falcão, para contestar, a esta altura, a existência do mensalão, que o Supremo Tribunal Federal conta em capítulos semanais como história real, com começo, meio e fim.


A obstinação em desmentir a realidade para manter de pé o insustentável discurso da moralidade, de cuja prática o partido há muito se apartou, leva Falcão a agir como a personagem Brancaleone, do filme de mesmo nome, que julgara ter cumprido nobre missão ao entregar ao rei, ainda virgem, a jovem Matelda, deflorada na viagem pelo bando sob seu comando, bem debaixo de seu nariz.


O presidente do PT apenas age como a personagem de Vitório Gassmann, que realmente confiara na pureza de Matelda, porque ao contrário daquele, há muito sabe que não carrega um partido virgem, mas já emprenhado pelos vícios do Poder.

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Até aqui seria apenas fingir virtude que não tem, mas Falcão reafirmou não haver limites para a negação do crime, exibindo total desprezo pelas instituições, ao incluir a Suprema Corte na ficção do golpe político articulado por uma “elite suja”.


Afora a injúria, que clama por acrescentá-lo como mais um réu, põe o partido na contramão de uma das premissas do day after do julgamento, que é a responsabilização das cúpulas partidárias pelo comportamento de seus filiados e dos danos causados à sociedade.


O presidente do PT, e seu partido, choram como a Matelda arrependida da cruzada medieval, após constatado que ambos vestiam a fantasia da virtude.


JOÃO BOSCO RABELLO – O Estado de S.Paulo


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